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24/05/2012
Indústria de alimentação animal projeta produzir cerca de 3% mais em 2012


O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) projeta crescimento de 2,8% em 2012, em comparação ao ano anterior, com produção de 66,2 milhões de toneladas de ração e 2,58 milhões de toneladas de suplementos minerais. Em 2011, o setor cresceu 5,2%, movimentou R$ 40 bilhões em insumos e produziu 64,5 milhões de toneladas de ração e 2,35 milhões de suplementos minerais.

“O modesto aumento previsto para 2012 tem como principal fator a demanda contida da cadeia suinícola e moderada da avicultura industrial, atividades que têm sofrido com o custo elevado dos principais insumos da alimentação animal, baixos preços pagos aos produtores e desaceleração do ritmo exportador”, explica Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações.

Apenas no primeiro trimestre de 2012, a produção de rações alcançou 14,9 milhões de toneladas, recuo de 2% quando comparado ao que foi produzido de janeiro a março do ano passado. Os segmentos de avicultura de corte e suinocultura, que representam mais de 70% de toda demanda, recuaram respectivamente 1,1% e 6,1%. As atividades da pecuária de corte e leiteira, por sua vez, apresentaram ligeiro avanço de 1,2% e 1,1%, enquanto a postura de ovos manteve-se praticamente estável (avanço de 0,4%).

De acordo com o executivo do Sindirações, a cadeia de produção pecuária brasileira tem percorrido sucessivos ciclos de expansão, graças à constante mobilização de tecnologia e motivada “pelo voraz apetite global” por proteína animal. Atualmente representa 6,5% do PIB brasileiro, gera milhares de empregos e é responsável por 18% das exportações do agronegócio nacional. “Desde meados do ano passado, no entanto, alguns setores expuseram-se em demasia e atualmente sofrem mais intensamente os efeitos da reorganização econômica contemporânea, cuja multiplicidade de efeitos vem impactando diversos empreendimentos que podem contagiar e prejudicar toda a cadeia produtiva”, alerta.

Dentre os fatores que influenciaram negativamente estão o enfraquecimento dos embarques observados desde 2010, graças à valorização da moeda brasileira, além dos embargos impostos pelos Estados Unidos, Rússia e África do Sul e da perda do vigor de clientes internacionais importantes. A quantidade de carne bovina exportada recuou 12% em 2011. A carne de frango aumentou apenas 3%, enquanto a exportação de carne suína recuou mais de 5%.  A baixa pressionou os preços pagos aos produtores por conta da maior oferta no mercado doméstico porque todo o excedente não exportado foi direcionado para consumo interno.

Para Zani, todos os setores seguem pressionados pelo preço das commodities ainda relativamente sustentado que retroalimentam os custos de produção. “A redução do preço do milho nesse início de ano acentuada pela produtividade recorde da safrinha corrobora a expectativa de média abaixo da verificada no ano passado, todavia a subida forte nas cotações desde meados de 2010 alcançou 54 pontos percentuais até março de 2012 e continua impactando sobremaneira o custo de produção das atividades pecuárias”, diz. “O farelo de soja, por sua vez, já aumentou quase 40% até abril desse ano por conta da menor liquidez internacional, enquanto o salário mínimo onerou a folha de pagamentos pela amplitude do reajuste e intensidade de mão de obra empregada”, completa.

BOVINOCULTURA DE CORTE

O setor de alimentação animal para bovinos de corte produziu 2,7 milhões de toneladas de rações e 2,35 milhões de toneladas de suplementos minerais, incremento de 7,1% e 9,8%, respectivamente em 2011, período que confinou 2,8 milhões de cabeças e foi caracterizado pela modesta oferta de bois compensada pelo abate de mais fêmeas. Apesar dos relativos bons preços pagos ao boi gordo, o desembolso com alimentação representou 35% do custo do confinamento e diminuiu a rentabilidade do produtor.

Em 2012 o setor de alimentação animal espera produzir 2,9 milhões de toneladas de rações e mais 2,6 milhões de toneladas de suplementos minerais, adição de 5,6% e 9,8% respectivamente, por conta do aumento da taxa de confinamento estimada no mínimo em 5%, embora o desempenho seja dependente também do mercado de reposição e venda do boi e bezerro, possível reversão na retenção de fêmeas, oportunidades de exportação da carne bovina, etc.

FONTE: Suinocultura Industrial


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