O que você achou do nosso site?



12/06/2012
Sêmen sexado uma nova opção para pecuaristas que visam aumentar a produtividade


O Brasil é referência quando o assunto é ruminante. O país possui o segundo maior rebanho bovino do mundo e é vice-líder no ranking mundial de produção de carne e de exportação. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção brasileira de carne bovina cresceu 64,75% nos últimos 20 anos, passando de 5,481 milhões de toneladas em 1991 para 9,03 milhões de toneladas em 2011. A produção mundial de carne bovina em 2011 foi de 56,848 milhões de toneladas, 13% a mais que em 1991. O mercado brasileiro ficou com a fatia de 15,9% do total mundial no ano passado.

Os números são favoráveis, porém é necessário aumentar a produtividade para atender ao mercado mundial. O aumento da população e da renda per capita impulsiona para o crescente consumo. O Uruguai lidera o ranking no consumo per capita de carne bovina/ano com 60 kg/pessoa/ano em 2011; em segundo lugar Argentina com 54 kg/pessoa/ano e na terceira posição o Brasil com 38 kg/pessoa/ano.

Investir em genética está se tornando cada vez mais essencial para suprir a demanda produtiva de carne. Hoje é necessário produzir mais em menos espaço e uma das alternativas é aplicar em melhoramento genético. O uso do sêmen sexado na inseminação artificial (IA) é uma opção para os pecuaristas, que buscam um maior retorno em seus rebanhos através de novas tecnologias.

A utilização do sêmen sexado na inseminação artificial (IA) permite a escolha do sexo do animal a ser gerado. Cada vez mais produtores adotam esta nova ferramenta, porém inspira cuidados, principalmente por se tratar de um produto mais exigente, sensível e por ter um custo mais elevado. Casos de insucesso podem acontecer e afetar de forma mais intensa a viabilidade econômica do sistema.

O sêmen sexado é muito utilizado em rebanhos multiplicadores. Ele direciona a quantidade necessária de animais machos e fêmeas para compor a evolução do rebanho, maximizando cada objetivo de produção e comercialização. Em outras palavras, na grande maioria dos casos, o sêmen sexado de fêmea servirá as matrizes selecionadas para produzir a reposição de fêmeas do sistema. Já o sêmen sexado de macho assistirá as demais matrizes do rebanho, produzindo o máximo de produtos machos para uma futura comercialização. A partir do momento que os criadores tenham entendido perfeitamente os custos de produção de um animal (macho e/ou fêmea), o sêmen sexado é uma grande oportunidade para aumentar a lucratividade do sistema.

Atualmente, a técnica disponível no mercado chama-se citometria de fluxo. Através de uma máquina chamada citômetro de fluxo é possível separar os espermatozoides que irão definir o sexo: macho ou fêmea. A separação dos espermatozoides “machos” (cromossomo Y) dos espermatozoides “fêmeas” (cromossomo X) é possível devido às diferenças no conteúdo do DNA destas células (espermatozoide fêmea possui 4% a mais de material genético que o macho). O citômetro de fluxo emite um feixe de raios laser, que permite a leitura da fluorescência das células espermáticas previamente coradas, possibilitando a separação dos espermatozóides X e Y com membrana celular integra. Os não diferenciados são descartados.

Esta máquina consegue sexar fêmea ou macho, bem como macho e fêmea ao mesmo tempo, de acordo com a necessidade do pecuarista. A capacidade de distinguir os espermatozoides, na metodologia comercial aplicada hoje, é de 85% em média, ou seja, dentro de cada dose de sêmen temos em média 85% de espermatozoides do sexo que deseja (macho ou fêmea). Com este número em mãos, calcula-se - com margem de segurança - a estimativa de nascimentos do sexo pretendido em 85%.

Existem dois fatores que limitam o uso do sêmen sexado: por ser uma tecnologia recente apresenta baixo rendimento de produção de doses por ejaculado e exige touros com altíssima qualidade de sêmen. Estes fatores interferem no valor do sêmen sexado, que se torna mais elevado que o sêmen convencional. Outro fator limitante é a menor fertilidade do sêmen sexado, quando comparado ao convencional decorrente, principalmente, pela baixa concentração espermática por dose de sêmen.

A boa notícia é que ambos os fatores podem ser controlados e os riscos envolvidos com esta tecnologia podem ser amenizados significativamente. O custo elevado é compensado pelo número maior de bezerros com o sexo desejado que, por sua vez, geram um volume superior de receita para o sistema

A Alta Genetics é uma das maiores empresas de melhoramento genético do mundo, com sede na cidade de Calgary, em Alberta (Canadá). Presente em mais de 100 países, a Alta possui centrais de coleta no Canadá, Estados Unidos, Holanda, China, Argentina e Brasil e é considerada líder na comercialização de soluções genéticas lucrativas. No Brasil, sua Central tem capacidade para abrigar 237 touros. Conta com 75 escritórios regionais no Brasil, totalizando aproximadamente 700 profissionais em todo país.

FONTE: Beefworld


 Voltar  Enviar para um amigo  Imprimir

 30/05/2019 - Novo Site CIA/UFPR
 13/05/2019 - Acordo pode fortalecer EUA no mercado de carne bovina do Japão
 13/05/2019 - Queda no preço do milho deve elevar confinamento em até 7%
 13/05/2019 - Exportações de boi em pé ajudam a sustentar preços de reposição
 13/05/2019 - Previsão do tempo para esta Terça-feira (14/05/2019)

 
 

Nome
E-mail