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10/07/2012
Varejo acusa pecuaristas e frigoríficos pelo enfraquecimento do setor


A decadência da pecuária, cuja responsabilidade sempre foi atribuída a diferença incoerente da margem de lucro dos elos da cadeia, principalmente do varejo, ganhou força de um vilão já conhecido: os impostos. Segundo os supermercadistas, que tinham a fama de absorver toda redução de preço da arroba e não repassar aos consumidores, a culpa é do governo federal que não isentou a atividade do Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) .

Durante o 2º Encontro Nacional da Pecuária de Corte, realizada nessa segunda-feira (9) em Cuiabá, o diretor da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Alexandre Seabra, afirmou que a desunião do setor, ao solicitar isenção do imposto excluindo o varejo do benefício, está resultando na falência da cadeia da carne no Brasil. "Fomos traídos. Os produtores e indústrias conquistaram a isenção e deixaram os supermercadistas de lado. Foi um tiro no próprio pé porque contribuíram para o enfraquecimento da cadeia", desabafou.

Conforme ele, a solução é exigir o equilíbrio dos impostos para que ganhos e perdas sejam divididas igualmente entre os elos da cadeia. Ele aponta que, desde que isenção do PIS/Cofins passou a valer, em 2009, houve um aumento de 40% nos abates clandestinos do país.
 
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José Bernandes, ressalta que um levantamento deverá ser feito para saber, realmente, quem são os responsáveis pelo enfraquecimento da cadeia da carne. "Se for identificado que o varejo está sendo prejudicado com a tributação iremos nos mobilizar para que este elo seja também beneficiado com a isenção". Atualmente o imposto que seria pago pelo pecuarista é repassado às indústrias com valores diferenciados.

O vice-presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindfrigo), Paulo Belincanta, acredita que o estudo para identificar os problemas da cadeia deveria atingir todas as atividades. "Precisamos saber como está a nossa produção e beneficiamento da carne para que possamos traçar medidas que destravem as atividades".

De acordo com o presidente nacional da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, no próximo encontro da pecuária de corte, que será em agosto em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, os setores terão oportunidade de apresentar os estudos técnicos que mostrem o custo e comprovem os entraves de cada atividade. "Até então houve discussão e apontamentos, mas o que precisamos é de números que comprovem os problemas e soluções".
 
O assunto também será discutido na Câmara dos Deputados. Pelo menos é o que garantiu o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Homero Pereira (PSD). Conforme ele, outros temas relacionados ao setor também serão levado para Brasília.

FONTE: Agrolink


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