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10/07/2012
Exportação do agronegócio brasileiro cai 9,4% em junho


As exportações do agronegócio no mês passado somaram US$ 8,074 bilhões, volume 9,4% inferior ao do mesmo mês do ano passado. No acumulado do primeiro semestre as exportações somaram US$ 44,777 bilhões, valor 3,7% acima do registrado em igual período do ano passado. Os dados foram computados pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, a partir de informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O estudo do Ministério da Agricultura mostra que o saldo da balança comercial do agronegócio no mês passado fechou em US$ 7 bilhões, valor 6,3% abaixo dos US$ 7,5 bilhões do mesmo mês de 2011. As importações recuaram 22,7% para US$ 1,074 bilhão. No acumulado do primeiro semestre o saldo do setor ficou em US$ 36,7 bilhões e avançou 5,68% na comparação com o período de janeiro a junho do ano passado.

As importações do agronegócio no semestre caíram 4,4%, para US$ 8,018 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses as exportações do agronegócio somaram US$ 96,57 bilhões, com importações de US$ 17,12 bilhões e superávit comercial de US$ 79,45 bilhões. "Houve crescimento de 14,1% nas vendas externas, enquanto o incremento nas importações foi de 9,4% em relação aos 12 meses anteriores", dizem os técnicos do Ministério da Agricultura. Segundo o estudo, o bom desempenho das vendas externas do complexo soja foi responsável pela expansão das exportações do agronegócio no primeiro semestre. As vendas do setor passaram de US$ 12,71 bilhões para US$ 15,94 bilhões (+25,4%).

Os técnicos afirmam que enquanto as exportações do complexo soja cresceram US$ 3,23 bilhões no período, a soma da receita dos demais setores do agronegócio recuou 5,3% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. Apesar da quebra da safra brasileira, provocada pela estiagem na região Sul, as exportações de soja em grão cresceram 29,1% em volume (para 23,372 milhões de toneladas) e 35,6% em receita (para US$ 11,9378 bilhões). As vendas foram impulsionadas pela firme demanda internacional, que vem sendo sustentada pelos baixos estoques de passagem da oleaginosa. As exportações de farelo de soja tiveram queda de 3,3%, passando de US$ 2,90 bilhões para US$ 2,81 bilhões. O óleo de soja teve forte expansão de 23,9% na quantidade exportada (+23,9%) e aumento de 18,5% na receita, que compensou a queda de 4,4% nos preços médios.

O complexo carnes foi o segundo mais importante na balança comercial do agronegócio no primeiro semestre, apesar da queda de 1,6% na receita (para US$ 7,516 bilhões). O volume exportado cresceu 3,3% (para 2,970 milhões de toneladas) e o preço médio recuou 4,7% (para US$ 2.530/tonelada). Os técnicos observam que houve aumento no volume exportado de todos os tipos de carne: frango (+3,3%); bovina (+2,5%); suína (+0,1%); e peru (+21,2%). Os preços médios de todas as carnes recuaram: suína (-6,9%); peru (-1,5%); bovina (-0,6%); e de frango (-7,2%). O complexo sucroalcooleiro, que ocupa o terceiro lugar, apresentou forte queda de 17,7% nas exportações no acumulado deste ano, que passaram de US$ 5,80 bilhões para US$ 4,77 bilhões.

Os técnicos explicam que a queda se deve à diminuição na quantidade exportada de açúcar, que passou de 9,37 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2011 para 7,50 milhões de toneladas em 2012. "Essa queda de 1,86 milhão de toneladas ocorreu em função, exclusivamente, do mercado russo, que reduziu suas aquisições em 2,01 milhões de toneladas no período em função do aumento de produção local do açúcar de beterraba", dizem os técnicos.

Segundo o Ministério da Agricultura, no primeiro semestre as exportações do agronegócio só tiveram elevação para a Ásia (+30,1%), África (+1,6%) e Aladi (+14,8%). Para os demais blocos econômicos ou região geográfica houve redução do valor exportado. O aumento das vendas para a Ásia elevou a participação da região nas vendas totais brasileiras de 30,1% em 2011 para 38,0% em 2012. O país que mais ampliou suas compras foi a China, passando de US$ 7,63 bilhões para US$ 10,69 bilhões (+40,1%). Entre esses vinte maiores importadores também se destacaram pelo aumento das compras de produtos brasileiros para Tailândia (+36,7%); Egito (+24,1%); Hong Kong (+ 23,9%); e Reino Unido (+12,7%). "A Rússia é o destaque negativo entre os maiores mercados importadores, com queda nas aquisições de 47,8% no semestre. As vendas ao país tiveram redução de US$ 2,93 bilhões para US$ 1,53 bilhão", diz o relatório do Ministério da Agricultura.

FONTE: Beefworld


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