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05/03/2010
Paraná terá ganhos sem vacinação, avalia mercado


Decisão de por fim à vacinação, para o grupo Marfrig - que chega ao Estado no mês que vem - permitirá abrir novos mercados

O pedido do governo paranaense feito no início da semana ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que objetiva ter o rebanho bovino do Estado livre da vacinação da febre aftosa repercute no mercado. Em entrevista à FOLHA, na unidade da empresa no município de Promissão (Centro-Oeste paulista), diretores do Grupo Marfrig comemoraram a decisão do Paraná. As 21 unidades do grupo têm capacidade de abater 30 mil cabeças de bovinos por dia. O faturamento da empresa foi de R$ 7 bilhões nos nove primeiros meses do ano passado.

De acordo com o diretor de compra de gado do frigorífico, Raul Mendes, o Estado, se ficar livre da vacinação, vai ser apresentado como modelo ao mercado internacional. ''O Paraná está dando um passo extremamente importante. Os nossos clientes vão adorar a idéia. Sem contar que conseguiremos abrir novos mercados, que só aceitam gado de áreas livres de aftosa sem vacinação, como Estados Unidos, Japão e México'', destacou Mendes.

A opinião é compartilhada pelo diretor industrial da Marfrig, Roberto Mulbert, que diz ter recebido a notícia com alegria. Em parte, o ânimo do executivo se deve ao fato da proximidade da inauguração de duas plantas, cada uma com capacidade de abate de 600 cabeças por dia, que a empresa arrendou no Estado, nas cidades de Paranavaí e Nova Londrina (região Noroeste). A expectativa da empresa é de começar a operar no final do mês de abril.

O funcionamento dessas unidades, naturalmente, devem impulsionar as negociações da Marfrig com os produtores do Paraná, que hoje são tímidas por conta das taxas de impostos de 12% para o gado que atravessa as fronteiras do Estado.

Voltando a falar da aftosa, Mulbert, explica que, por não ser livre da vacinação, a carne brasileira tem que ser maturada nos frigoríficos, ficando, no mínimo, 24 horas na câmara fria antes de seguir seu caminho rumo à mesa do consumidor nacional ou do exterior. "Isso tem que ser feito para que, com a baixa temperatura, o PH da carne abaixe e chegue a 5,9, impossibilitando que qualquer organismo vivo sobreviva. Essa operação demanda um grande espaço para armazenamento da carne e, consequentemente, mais custo. Na Nova Zelândia, por exemplo, isso não existe. Portanto, podemos afirmar que a iniciativa do Paraná, que tem um rebanho significativo, é muito importante e pode, inclusive, impulsionar Santa Catarina, que já é área livre", finalizou o diretor do grupo que é o quarto maior fornecedor mundial de produtos derivados de carne bovina

FONTE: Folha de Londrina


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