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17/07/2012
Fila de navios põe em risco entrega de adubo no campo


O tempo de espera para a descarga de fertilizantes nos portos de Paranaguá e Antonina tem feito aumentar a fila de navios e atrasado a chegada do adubo ao campo. Até o meio da tarde de ontem, 116 navios estavam ao largo da Baía de Paranaguá, aguardando para desembarcar o produto, que precisa estar na lavoura entre o final de agosto e início de setembro. Do total de embarcações, 46 continham cargas de fertilizantes. Fontes ligadas ao setor afirmam que, além de aumentar os custos, a demora cria o risco dos produtores ficarem sem disponibilidade do produto para o início da próxima safra de verão, principalmente para quem ainda não programou a compra do insumo.

O navio que hoje é o primeiro da fila para estacionar em Paranaguá chegou ao litoral no dia 1º de junho, ou seja, está parado há mais de 45 dias. Se a média de tempo de espera for aplicada aos outros navios que estão ao mar, o último da fila, que chegou no domingo passado, só deve conseguir liberação para desembarque da carga no dia 30 de agosto.

O clima é apontado como um dos principais fatores que torna lento o escoamento por paranaguá. Além disso, há um grande movimento de soja e, especialmente, milho deixando o país pelo corredor de exportação do estado. No caso do cereal, o volume chegou a 868 mil toneladas nos primeiros seis meses deste ano, o dobro na comparação com o ano passado.

O supervisor de vendas de uma multinacional de fertilizantes, que pede para não ser identificado, recomenda que o produtor retire o fertilizante imediatamente para não ficar sem. “Com a demora para descarregar existem algumas janelas, dias em que faltam produtos. Se esse intervalo for mais longo e próximo da época de plantio, o cliente pode ficar sem o produto no momento em que precisar”, afirma.

Segundo dados da Asso­ciação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o volume total de fertilizantes entregues ao consumidor final cresceu 6% no primeiro semestre deste ano. Com isso, o montante deve ampliar ainda mais o acumulado de 9,2 milhões de toneladas registrado somente entre janeiro e maio de 2012, último dado oficial disponível. Para o diretor executivo da entidade, David Roquetti o período entre agosto e outubro costuma ser de pico, o que explica o maior movimento. Ele acredita que não deve haver falta de produtos, mas não descarta a possibilidade de haver atrasos. “Situações pontuais podem ocorrer, pois 45 dias para espera é um tempo muito longo. Na visão de Roquetti, o principal problema da demora recai sobre os custos de manter a carga parada no porto, que oneram a produção.

FONTE: Gazeta do Povo


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