A segunda edição do Rally da Pecuária, organizado pelas consultorias Bigma e Agroconsult, pretende avançar nos levantamentos feitos ao longo das expedições. Além de conferir in loco a qualidade das pastagens, índices zootécnicos, sistemas de gestão e estimativa de confinamento, os pesquisadores pretendem avaliar quais os gargalos que limitam os ganhos de produtividade e analisar as possíveis oportunidades para a adoção de medidas setoriais.

“O grupo avaliado é bastante heterogêneo e apresenta grandes disparidades na forma de gestão das propriedades. Acreditamos por isso, que teremos um conjunto sólido de informações para colaborar com o esforço na linha de produção da pecuária”, diz André Pessôa, diretor da Agroconsult.

A expedição terá início no dia 22 de agosto em Goiânia e terminará no dia 1º de outubro, na mesma cidade. Os técnicos deverão encontrar 3 mil pecuaristas ao longo da viagem, colhendo informações por meio de questionários e entrevistas.

As equipes percorrerão 40 mil quilômetros em nove estados - Goiás, Tocantins, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná - onde estão 75% do rebanho e 85% da produção de carne bovina no País.

De acordo com Vilson Antonio Simon, diretor presidente da MSD Saúde Animal, patrocinadora do evento, ainda há uma grande deficiência sobre dados estatísticos da pecuária nacional. "Por isso, toda forma de aproximação é importante para pensar as estratégias de atuação da empresa."

Para ele, o acesso às informações coletadas no Rally deve permitir que o Brasil aumente sua competitividade e passe a ter uma pecuária cada vez mais produtiva e estratégica.

Para o grupo Marfrig, que também é patrocinador, a expedição permitirá conferir qual o comportamento do pecuarista. “O evento vai medir os números da eficiência pecuária, mas também vai monitorar um pouco o comportamento deste pecuarista e como ele aplica a tecnologia disponível dentro da estrutura quedispõe na região”, diz Carolina Barreto, coordenadora da diretoria de relacionamento com o pecuarista do Marfrig.

Segundo Carolina, a relação entre as práticas de sustentabilidade e a capacidade de produção pecuária ainda gera dúvidas no setor. “Teremos um representante na expedição que vai conversar com os pecuaristas para averiguar quais as principais dificuldades na adoção de ações sustentáveis.”

FONTE: Beefworld