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28/08/2012
EUA racionam milho e soja


Da redução do milho destinado à produção de etanol à menor oferta de carnes, a estiagem severa obriga os Estados Unidos a racionarem o uso de grãos, pelo menos até a próxima temporada. Autoridades do agronegócio daquele país já confirmam a redução no alojamento de aves e o abate de matrizes na suinocultura, crise que também afeta a bovinocultura, com a falta de pasto e o aumento do custo de produção devido à alta dos grãos.

Bill Northey, secretário de Agricultura de Iowa, o estado que mais produz milho e etanol no país, conta que o impacto maior neste momento está na destinação nacional de milho para o combustível. O corte pode ser de até 20%, o equivalente a um volume próximo de 20 milhões de toneladas. No ano passado, as usinas demandaram mais de 90 milhões de toneladas do cereal.

Para o Brasil, o desabastecimento nos Estados Unidos representa oportunidade de aumento nas exportações de milho, soja e inclusive de etanol. No acumulado de janeiro a julho deste ano, os embarques do cereal com destino aos portos da Costa Leste norte-americana mais que dobraram.

No final de semana, voltou a chover no Meio-Oeste dos Estados Unidos, mas não a tempo de reverter o quadro de quebra acentuada na produção. As precipitações verificadas desde domingo nos principais estados do Corn Belt devem aliviar um pouco a situação da soja, mas quase nada ou muito pouco podem fazer pelo milho. Na medida que a colheita avança, o cereal confirma um revés acima de 100 milhões de toneladas na comparação com o potencial produtivo, inicialmente estimado em 375 milhões de toneladas.

Seca chegou em fase crítica e impediu o replantio das lavouras

O secretário de Agricultura de Iowa, Bill Northey, explica que a seca chegou numa fase crítica de desenvolvimento das lavouras e impediu tanto a recuperação das plantas quanto o replantio das áreas mais afetadas. Em outros anos de estiagens, não tão severas, o replantio contribuiu para amenizar o impacto da quebra. Desta vez, não foi possível lançar mão desse recurso, conta o secretário.

Dale Tutlle, produtor em Indianola, Iowa, lembra que essa é a pior seca dos últimos 35 anos. Com uma média de 180 bushels por acre (11,3 mil quilos por hectare) nas últimas temporadas, ele prevê para este ano no máximo 120 bu/acre (7,5 mil kg/ha). A soja deve recuar de 50 bushels (3,4 mil kg) para 30 bu/acre (2 mil kg/ha).

Nas regiões mais afetadas, o milho não alcança padrão de qualidade nem mesmo para a indústria de etanol. “Não vale a pena colher”, explica Matt McGinnis, que só vai colocar a colheitadeira em um de seus campos por conta do seguro. Para registrar o sinistro e receber o prêmio contratado, o agricultor precisa colher a área segurada.

Como houve áreas privilegiadas pelas chuvas, as médias ainda são desconhecidas. A expectativa agora, principalmente do mercado, é com o próximo relatório do Usda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em 12 de setembro. Até lá, com ou sem chuva, o mercado vai tentar antecipar os números.

FONTE: Gazeta do Povo, resumida e adaptada pela Equipe LAPBOV.


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