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28/09/2012
Na BM&FBovespa, boi gordo sobe 5,2% e zera perdas


O mercado futuro de commodities agropecuárias da bolsa de São Paulo (BM&FBovespa) encerra o mês com perdas na maioria dos produtos negociados. Até o fechamento de ontem, os contratos futuros de milho, soja e etanol registravam desvalorização. Em contrapartida, os preços do café arábica reagiram e o boi gordo atingiu a maior cotação média em quase um ano.

Considerando-se a média mensal dos contratos de segunda posição (normalmente, os mais negociados), o preço do boi gordo subiu, até ontem, 5,19% em relação a agosto, para R$ 101,06 por arroba. Trata-se da maior cotação desde novembro do ano passado (R$ 105,09 por arroba). Foi, ainda, a primeira vez que a commodity superou a barreira dos R$ 100 no ano.

Com isso, o preço do boi gordo praticamente zerou as perdas acumuladas nos últimos 12 meses (-0,41%) e passou a acumular alta de 3% em 2012. Para o analista da Scot Consultoria, Iberville D'Athayde Neto, a alta das cotações reflete principalmente a diminuição da oferta de animais criados a pasto por causa do inverno. "Esse aumento é natural e, na verdade, veio mais tarde neste ano", afirma.

D'Athayde Neto lembra que o início de inverno chuvoso postergou o começo da entressafra, mantendo o mercado abastecido em um período em que a oferta tradicionalmente fica mais escassa e os preços, mais altos. A tendência, afirma, é que os preços se mantenham sustentados até o fim do ano. "A oferta de animais deve continuar baixa em um cenário de demanda aquecida", diz ele.

Os preços do café arábica também subiram, 1,94%, para US$ 222,57 por saca. A commodity recuperou-se parcialmente da forte queda registrada em agosto (-5,81%), mas ainda acumula retração de 25,66%, em 2012, e de 34,72%, nos últimos 12 meses.

As cotações do café foram bastante pressionados pela colheita de uma safra recorde no Brasil nos últimos meses, mas problemas com a qualidade dos grãos ajudaram a sustentar os preços.

Além disso, os produtores brasileiros, capitalizados, têm conseguido dosar o volume de vendas, ofertando o mínimo necessário para honrar seus compromissos. Na outra ponta, a aproximação do inverno no Hemisfério Norte deve oferecer um impulso à demanda nos próximos meses.

Já os grãos registraram quedas expressivas nas últimas semanas. Até o ontem, o preço médio da soja recuava 9,34%, para US$ 34,85 por saca, em relação à média de agosto. Trata-se de uma correção em relação à expressiva alta registrada no mês passado (26,73%) - uma reação tardia à escalada dos preços internacionais em decorrência da seca nos EUA. Mesmo assim, a soja acumula alta de 32,58%, em 2012, e 17,44%, nos últimos 12 meses.

O milho, por sua vez, recuou 7,55% no mês, para R$ 31,61 por saca. Com o término da segunda colheita do grão (a chamada safrinha) no país e os estoques abastecidos, o mercado perdeu parte do fôlego que havia absorvido do mercado externo, impulsionado pela quebra da safra americana. O milho ainda acumula alta de 21,57% em 2012, mas já apresenta uma variação negativa nos últimos 12 meses (-2,01%).

O preço do etanol recuou pelo quarto mês seguido (-0,39%), para R$ 1.122,08 por metro cúbico, ainda pressionado pela entrada de volumes mais robustos do produto na safra 2012/13 de cana-de-açúcar. No ano, o biocombustível acumula desvalorização de 13,43%.

FONTE: Valor Econômico


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