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02/10/2012
Certificação vai guiar futuro da produção do agronegócio


O futuro do agronegócio em todo o mundo deverá ser voltado para a produção sustentável de alimentos de mais qualidade e certificados. Com a crescente demanda de países ricos por produtos com certificação nos supermercados e restaurantes, o Brasil tem pela frente o desafio de criar condições para oferecer esses produtos ao mercado internacional. Essa é a conclusão dos debatedores que discutiram o tema Agribusiness do futuro, nesta quarta-feira (26/9), no Global Agribusiness Forum, em São Paulo.
 
 O diretor-executivo do Center for Agricultural and Rural Development (Card), da Iowa State University, Bruce Babcook, destacou o crescimento de supermercados, especialmente em países ricos, com variedades de produtos alimentícios frescos, de qualidade e que requerem uma apresentação apropriada nas gôndolas e estabelecimentos de vendas mais modernos. Além disso, Babcook ressaltou que os gastos com a alimentação fora de casa também vêm subindo, principalmente de redes de fast-foods que investem em alimentos certificados.
 
 Babcook citou exemplos da JBS, que deixou de adquirir cabeças de propriedades que fazem o desmatamento ilegalmente; o caso da Mc Donald’s e Burger King, que investiram em campanhas contra o confinamento de suínos durante a gestação. Na avaliação do professor, a imagem que os consumidores esperam é de rebanhos criados de forma sustentável e que garantam o bem-estar animal. Para ele, não é apenas a demanda por produtos da chamada "economia verde" que irá crescer, mas sim a oferta de mercado cada vez mais crescente de alimentos produzidos com alguma certificação, o que vai reeducar a maneira de consumo da população.
 
 O presidente da Cosag - Fiesp, João de Almeida Sampaio Filho, lembrou que a carne brasileira não tinha marcas anos atrás e que hoje as carnes certificadas têm, naturalmente, preços diferenciados. Segundo ele, enquanto os países emergentes aumentam o consumo de carne, independentemente da exigência de padrões de qualidade, nos países ricos, os consumidores querem produtos com procedência conhecida e com homogeneidade certificada. "O Mc Donald’s lançou a sua linha Angus. O consumidor paga mais por isso, mas sabe que é uma carne que sempre terá o mesmo nível de gordura, textura. A gente precisa saber se quer esse novo modelo ou quer fazer volume. Para atender a esse mercado, o produtor brasileiro tem que mudar o modelo de produção", destacou.
 
 Segundo Sampaio, o confinamento não é apenas uma oportunidade para a terminação de engorda do rebanho no período da entressafra, mas também uma obrigação em termos de padronização da qualidade das carnes. Ele afirma que, dentro do Programa Nelore Natural, os frigoríficos chegam a pagar até R$ 5 por arroba como premiação aos produtores que garantem padrões como qualidade e rastreabilidade da carne.
 
 O presidente da Monsanto, André Dias, que também participou do debate, defendeu que não é uma questão de escolha de apenas um modelo de produção, mas, sim, de ambas a fim de atender as mudanças na dieta dos países emergentes e a oferta de alimentos para toda a população mundial. "Apesar do crescimento global, ainda há cerca de um bilhão de pessoas no mundo que vivem na fome. Essa é uma oportunidade gigantesca do Brasil ser protagonista nesse cenário. E a solução para isso é a tecnologia", salientou.

FONTE: Abiec

 


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