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09/11/2012
BrasilAgro começa a ser negociada em NY


A BrasilAgro estreou ontem na bolsa de Nova York seus recibos de ações (ADRs) de nível II, um passo que amplia a capacidade da empresa de atrair investidores estrangeiros para o seu negócio de aquisição, desenvolvimento e comercialização de terras agrícolas no Cerrado brasileiro.

Cada ADR representa uma ação ordinária da companhia na BM&FBovespa. O banco depositário do programa é o The Bank of New York Mellon e o custodiante é o Itaú Unibanco. A BrasilAgro negociava, desde setembro de 2010, ADRs de nível I (apenas no mercado de balcão) nos Estados Unidos.

Com os novos papéis, a companhia brasileira passa a se submeter ao escrutínio da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês). "Isso nos dá a possibilidade de acessar um mercado muito maior, pools de investidores só colocam dinheiro em ADRs de nível II e III, de melhor governança", afirma Julio Toledo Piza, CEO da BrasilAgro.

O executivo não fala em números, mas afirma que a BrasilAgro pode alcançar uma liquidez maior no mercado americano do que na bolsa de São Paulo, uma tendência entre as companhias brasileiras com papéis negociadas em Nova York. "É muito fácil obter recursos para 'small caps' aqui [nos EUA] do que no Brasil."

A BrasilAgro não tem planos de promover um aumento de capital no curto prazo. Piza sustenta que a empresa pode continuar a crescer com a atual estrutura de capital. Segundo ele, a empresa trabalha neste momento para "se tornar conhecida" e ampliar sua base acionária. "Era difícil no começo, porque começamos uma empresa do zero. Hoje, temos alguns resultados para mostrar."

A BrasilAgro lançou suas ações na BM&FBovespa apenas com um plano de negócios em mãos. Atualmente, a empresa - que é controlada pela argentina Cresud, com 40% das ações - possui cerca de 125 mil hectares de terras agricultáveis, dos quais 80 mil devem ser cultivados na safra 2012/13.

A empresa obteve uma receita líquida de 156,1 milhões no ano-fiscal encerrado em junho, crescimento de 54,1% sobre o ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou negativo em R$ 3,27 milhões.

Piza afirma que a empresa espera a definição de um marco legal sobre a participação de estrangeiros na compra de terras no Brasil, um assunto sob judice desde 2010. "Para os investidores, essa ainda é uma questão", admite o executivo. (GFJ)

FONTE: Valor Econômico


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