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23/11/2012
EUA: reconstrução do rebanho demorará mais do que o esperado, diz especialista


O especialista em marketing e extensão pecuária da Universidade do Estado de Oklahoma, Derrell S. Peel, fez novas previsões sobre a indústria dos Estados Unidos.

Sobre a redução do rebanho bovino, Peel avaliou há dois anos, que após anos de liquidação do rebanho, o país teria alcançado um ponto onde não é possível manter a produção de carne bovina sem reconstrução do rebanho. Sua análise concluía que a produção de carne bovina só teria redução sem a reconstrução do rebanho e que a mesma reduziria a oferta de gado no curto prazo. Desta forma, Peel avaliou na época que para evitar estas consequências, o aumento da liquidação do rebanho resolveria imediatamente, porém não contribuindo para o longo prazo.

No entanto, não era possível prever a seca de 2010, como o ano mais seco e quente em Oklahoma e nas Planícies do Sul. A liquidação de vacas e a reconstrução antecipada do rebanho que ocorreu em 2011 e 2012 levou a indústria do país para um estágio antecipado. O número de animais confinados caiu bastante nos últimos quatro meses e continua se reduzindo. Para Peel, a maior questão não é porque houve rápida redução na oferta de reposição, mas sim o por quê da demora para a situação se manifestar. Para ele, há várias razões.

A maior e mais óbvia são os dois anos de seca que provocaram uma liquidação do rebanho adicional que adiou a retenção de novilhas. Para ele, a seca e o alto preço do gado nos últimos dois anos provocaram grande alteração no ciclo pecuário do país, de forma que não se via há anos e pode não estar totalmente refletido nos dados de registro geral do rebanho.

Outro fator é o abate de bezerros, que caíram 11% de 2008 a 2011 e deverá cair mais 11% em 2012. Comparado com 2010, a queda destes abates nos dois últimos anos aumentou em 120 mil cabeças a oferta de reposição. Também, a importação de gado para terminação do México e Canadá aumentam a oferta de reposição dos Estados Unidos desde 2009. Nos últimos dois anos, esta importação aumentou a reposição em aproximadamente 300 mil cabeças. No primeiro semestre de 2012, as importações mexicanas continuarão com a seca recordeforçando a venda de gado.

Com decorrer do tempo, questões sobre a oferta de gado ficam mais claras, embora outras continuem incertas. O que está claro para Peel é que mais de dois anos de liquidação colocaram a indústria em uma difícil situação em relação à oferta de reposição. A safra de bezerros de 2013 será a menor desde 1942. O que está claro também é que a importação de gado para engorda cairão dramaticamente. As importações de gado mexicano caíram bastante no final de 2012 e poderão reduzir a oferta de gado para engorda em 2013 em 600 a 800 mil cabeças com relação a 2012.

O que não está clara é a questão da seca, que influenciará no curto-prazo, provocando maior abate e liquidação de rebanho, adiando a retenção de novilhas. Se as condições de seca melhorarem, o rebanho estabilizará e a retenção de novilhas poderá começar em 2013. Os confinamentos não somente terminaram menos gado, mas o peso médio recente foi maior e partir daqui o período de engorda será menor.

Será cada vez mais difícil encontrar reposição. Uma redução significante nos abates e na produção de carne bovina é inevitável em 2013 e 2014. A seca poderá continuar impactando de alguma forma, mas qualquer aumento nos abates de curto prazo devido à liquidação de rebanho pela seca causará impactos posteriormente; assim como a situação atual é mais complicada do que era há dois anos.

Fonte: Oklahomafarmreport.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

 


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