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06/12/2012
Abates da raça angus devem crescer 30% no Brasil em 2012


Os abates de animais da raça angus devem crescer 30% no Brasil em 2012, chegando a 250 mil bovinos, de acordo com projeção da Associação Brasileira de Angus (ABA). A venda de sêmen também deve expandir outros 30%, atingindo 2,4 milhões de doses. Com o reconhecimento da qualidade e garantia de lucros ao produtor, a expectativa é de números ainda mais positivos para os próximos anos. Os rumos do mercado da raça estão sendo discutidos em Porto Alegre (RS) nesta terça, dia 4, e quarta, dia 5, no Congresso Brasileiro de Angus. O evento reúne cerca de 350 pessoas e delegações de cinco países na capital gaúcha para discutir o mercado da raça.

De acordo com a ABA, a raça se destaca hoje nas vendas brasileiras de sêmen, chegando a 34% do mercado, atrás apenas dos números do nelore. Desse total, o Centro-Oeste é responsável por 53% das compras, seguido pela região Sul, com 18%.

A expansão da raça para mercados pecuários tradicionais, como os da região Centro-Oeste, dominado pelas raças zebuínas, é apontada pelo gerente do programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros, como aposta para o crescimento sustentável da produção.

– O Brasil hoje se destaca como principal país a usar cruzamento com o angus em todo mundo, pela excelente complementaridade da raça. E nenhum país tem experiência em cruzamento de genética angus em cima de genética zebuína como nós – explica, em referência à raça predominante nos rebanhos brasileiros.

Criado em 2003, o programa de carne certificada reúne hoje 450 associados produtores de genética e cerca de cinco mil criadores. Com a expansão de produtos da marca Angus em supermercado e redes de fast food, cresceu a associação do consumidor final à qualidade da carne, um impulso ao trabalho da cadeira produtiva.

– Consumidor que percebe essa qualidade remunera melhor. Isso faz com que a cadeia produtiva cresça junto – afirma Medeiros.

Desafios

Destaque no uso da genética em cruzamentos com outras raças, o Brasil ainda fica atrás de outros países no uso de novas tecnologia. Segundo o gerente do programa Carne Angus Certificada, o uso de ultrassonografia de carcaças, ferramenta comum nos Estados Unidos – dono do maior rebanho angus do mundo – tem grande validade, mas ainda é tímido no país.

– A Associação (ABA) criou desde 2010 um programa de fomento ao uso da ultrassonagrafia de carcaça, onde o produtor tem avaliação de graça dos seus reprodutores, justamente para estimular esse uso – diz Medeiros.

– Esses avanços tecnológicos são extremamente importantes, mas não podemos deixar de levar em consideração que apenas 9% de nossas fêmeas são inseminadas, isso é muito pouco, temos uma carência de mais de 250 mil touros de reposição todo ano. Não podemos perder o foco – destaca o presidente da ABA, Paulo de Castro Marques.

Selecionar biotipos ideais para produção em diferentes ambientes também está entre os desafios da associação para a raça nos próximos anos, assim como produzir animais resistentes ao carrapato, com eficiência a pasto e confinamento e com maior padronização de carcaça.

FONTE: Rural BR


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