O que você achou do nosso site?



28/12/2012
BM&FBovespa vê maioria das commodities caírem no ano


A maioria das commodities agrícolas negociadas no mercado futuro da BM&FBovespa fechou 2012 no vermelho. Os contratos de boi gordo, café arábica e etanol terminam o ano com médias de preço inferiores à registrada nos 12 meses anteriores, embora o milho tenha ficado estável e a soja tenha subido.
 
Produto com pior desempenho no ano, o café arábica desabou 30,85% em relação à média de 2011, para US$ 228,29 por saca. Já o preço médio de dezembro (US$ 187,22) foi 37,47% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado - e o mais baixo desde junho de 2010.

O contrato negociado na bolsa paulista acompanhou de perto a tendência observada em Nova York, principal praça de negociação do café arábica. A colheita de uma safra recorde no Brasil (maior produtor mundial da commodity) e o enfraquecimento da demanda internacional pesaram sobre os preços no mercado futuro.
 
A expectativa é que, com a colheita de uma safra menor em 2013 (ano de baixa produtividade no ciclo bianual dos cafezais brasileiros), as cotações possam se recuperar nos próximos meses.
 
Outro destaque de baixa foi o boi gordo. O preço médio da commodity em 2012 (R$ 96,11 por arroba) foi 5,26% menor do que o apurado no ano passado, enquanto a média de dezembro (R$ 94,60) representa uma queda de 3,58% ante o mesmo período do ano passado.
 
Os contratos futuros de boi gordo refletiram a maior disponibilidade de gado para abate no ano que marcou a virada do chamado "ciclo pecuário" no Brasil. Isso porque, com a queda nos preços do bezerro, pecuaristas começaram a destinar mais vacas para o abate, ampliando a oferta como um todo. O momento é particularmente favorável para a indústria frigorífica, que passou a pagar menos pela matéria-prima responsável por 70% dos custos de produção.
 
Já o preço médio anual do etanol recuou 3,37%, para US$ 1.166,52 o metro cúbico, enquanto a média de dezembro (US$ 1.177,97) foi 9,12% mais baixa que a registrada um ano antes. A desvalorização do biocombustível deve-se, em grande parte, ao aumento acima do esperado na produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2012/13 - fator que, em boa medida, também explica a recente queda nos preços internacionais do açúcar.
 
Em contrapartida, os futuros de grãos registraram valorização na bolsa paulista. O preço médio anual da soja subiu 7,61% (a US$ 31,73 por saca), sendo que o preço em dezembro (US$ 30,52) é 16,14% mais alto que o registrado 12 meses antes. Já os futuros de milho caíram 0,07% na média anual, mas subiram 24,53% nos 12 meses encerrados em dezembro. Na média, a commodity foi negociada a R$ 29,09 por saca em 2012 e R$ 32,39 em dezembro.
 
Os futuros de grãos negociados em São Paulo atingiram as máximas do ano em agosto e, desde então, encontram-se em queda. Neste momento, pesa sobre os preços a expectativa de uma colheita recorde de soja em 2013 e também uma grande produção de milho, embora provavelmente inferior à de 2012. A confirmação de uma safra cheia depende, porém, do comportamento do clima nos próximos meses.

FONTE: Valor Econômico


 Voltar  Enviar para um amigo  Imprimir

 30/05/2019 - Novo Site CIA/UFPR
 13/05/2019 - Acordo pode fortalecer EUA no mercado de carne bovina do Japão
 13/05/2019 - Queda no preço do milho deve elevar confinamento em até 7%
 13/05/2019 - Exportações de boi em pé ajudam a sustentar preços de reposição
 13/05/2019 - Previsão do tempo para esta Terça-feira (14/05/2019)

 
 

Nome
E-mail