O que você achou do nosso site?



03/01/2013
Mais um revés para a carne paranaense


A novela da vaca louca continua repercutindo na pecuária brasileira. No mais recente capítulo, ontem, a compra de carne bovina paranaense sofreu um novo embargo, desta vez do Líbano, como reação ao caso ocorrido no estado em 2010, quando foi registrada a morte de um animal que portava o agente causador da doença. Medidas semelhantes já foram anunciadas por outros seis países, mesmo com a ameaça brasileira de levar a questão à Organização Mundial do Comércio (OMC).

As compras libanesas são pouco expressivas para o Brasil. Entre janeiro e outubro de 2012 o país foi responsável por US$ 69 milhões, apenas 1,5% das receitas obtidas com os embarques da carne brasileira, tendo adquirido 13 mil toneladas. E como a decisão vale apenas para produtos oriundos do Paraná, o impacto deverá ser reduzido, pois neste ano não ocorreram vendas para o país, conforme indicam dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em 2011, foram escoadas apenas duas toneladas para o Líbano.

“Embora não seja tão representativa, a perda de mais este mercado sinaliza para o resto do mundo uma atitude que não deve ser subestimada, pois pesa negativamente junto aos demais paí¬ses do mundo árabe”, avalia Péricles Salazar, presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarne).

O Ministério da Agri¬cultura, Pecuária e Abaste¬cimento (Mapa) não se manifesta sobre a questão, alegando não ter sido comunicado oficialmente sobre a decisão do país. O anúncio oficial foi feito pelo ministro libanês de Agricultura, Hussein Hajj.

Até agora é reconhecido o embargo de seis nações: África do Sul, Arábia Saudita, China, Coreia do Sul, Japão e Taiwan. Ainda assim, o ministério tem se mobilizado para reverter a questão. Primeiro, foi realizada uma ofensiva diplomática com representantes de 20 países para que fossem prestados esclarecimentos. Recentemente, foi estabelecido um prazo máximo até março para a suspensão das decisões, sob ameaça de registro de uma queixa oficial na OMC.

Impasse

Para o presidente do Sindicarne, Péricles Salazar, a opção de levar a questão dos embargos à OMC pode não ser a melhor saída. “Recorrer à OMC pode ensejar uma disputa cuja solução é de longo prazo. O método mais eficiente de acabar com esses embargos é via solução diplomática”, disse. Um dos casos mais controversos é o do Egito, um dos três maiores consumidores da carne bovina brasileira – embora uma nota oficial do Mapa relate que o governo egípcio garantiu que a compra ainda não foi suspensa.

 

FONTE: Gazeta do Povo


 Voltar  Enviar para um amigo  Imprimir

 30/05/2019 - Novo Site CIA/UFPR
 13/05/2019 - Acordo pode fortalecer EUA no mercado de carne bovina do Japão
 13/05/2019 - Queda no preço do milho deve elevar confinamento em até 7%
 13/05/2019 - Exportações de boi em pé ajudam a sustentar preços de reposição
 13/05/2019 - Previsão do tempo para esta Terça-feira (14/05/2019)

 
 

Nome
E-mail