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11/01/2013
Imcopa, de soja, entra em recuperação judicial no PR


Com dívidas de cerca de R$ 800 milhões, a Imcopa, maior processadora de soja convencional do país, entrou ontem com pedido de recuperação judicial no foro de Araucária (PR), município da região metropolitana de Curitiba, onde fica sua sede.

A decisão ocorre três anos depois de a empresa paranaense ter feito acordo extrajudicial com um grupo de bancos credores, nacionais e estrangeiros.

Em nota divulgada ao mercado, a Imcopa informa que suas atividades industriais, comerciais e operacionais seguem normalmente e que a recuperação judicial está sendo usada como instrumento para "solução final da estabilização de seu endividamento". A empresa foi atingida pela crise econômica de 2008 e, além do acordo com credores, buscou parceiros para obter recursos e manter a operação.

O advogado Ricardo Sayeg, que defende a esmagadora brasileira de soja não transgênica, informou que divergências sobre os valores dos juros da parcela que venceu no fim de 2011 fizeram com que os bancos cobrassem a totalidade da dívida.

Segundo informou, a empresa pagou R$ 30 milhões mas, em contrapartida, os credores queriam R$ 75 milhões. A Imcopa conseguiu impugnação com efeito suspensivo e, para "criar ambiente negocial universal", optou pela recuperação judicial.

Na petição, o advogado diz que a crise econômica "colheu de cheio a Imcopa", que tinha patrimônio líquido de R$ 177,3 milhões em 2007 e fechou em 2008 com R$ 100 mil, com despesas financeiras de R$ 241 milhões e resultado negativo de variação cambial de R$ 151 milhões.

Sayeg afirmou não haver passivo fiscal, que os salários estão sendo pagos em dia e que os contratos com os clientes foram honrados. Por isso, segundo ele, o negócio é viável e a empresa deve continuar com os mesmos administradores. Nenhum diretor da companhia falou sobre o assunto. Fundada em 1964, a Imcopa está na segunda geração familiar e é presidida por Frederico Busato Júnior.

Desde 2010, a empresa tem parceria com o Grupo Petrópolis, que compra a soja utilizada pela esmagadora e faz a distribuição dos produtos finais. Atualmente tem uma indústria em Araucária e outra em Cambé, ambas norte do Paraná, e possui clientes no Brasil e outros países.

Antes da crise, a empresa processava cerca de dois milhões de toneladas de soja por ano e chegou a ensaiar o lançamento de ações no mercado financeiro. Além de óleo refinado e farelo, faz lecitina de soja, usada na indústria de chocolate.

FONTE: Valor Econômico


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