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16/01/2013
EUA: produção de carne suína pode superar a de carne bovina em 2014, segundo Rabobank


Quanto a produção de carne bovina dos Estados Unidos cairá nos próximos dois anos? Esta questão tem sido ponderada por várias frentes desde a seca de 2011 do Texas e Oklahoma, importantes estados produtores de gado. O que começou como uma situação séria nestes dois estados se disseminou por parte dos Estados Unidos e agora está impactando uma proporção maior ainda do rebanho bovino.

Baseado nas condições finais das classificações de pastagens do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para 2012, que foram divulgadas em 28 de outubro, estados com 40% ou mais de terras de pastagens em condições ruins ou muito ruins representaram 70,5% do rebanho de corte. Esse dado era de 46,1% em 30 de outubro de 2011. Somente 21,6% do rebanho residia em estados com 40% ou mais de terras de pastagens classificadas como em condição boa ou excelente. Isso se compara a 36,7% no ano anterior.

O impacto não foi sentido apenas no rebanho. A liquidação de rebanho por meio do confinamento nos últimos dois anos deverá permanecer nos próximos meses. Já tinha sido observado o número relativamente grande de colocações de animais leves, direcionadas pelas condições ruins das pastagens de trigo. O mesmo deverá ser verdadeiro para dezembro. A quantidade de animais para reposição deverá ser baixa, devido à grande proporção de bezerros leves que já foram confinados.

O CME Group acha que deve-se fazer nova revisão com relação à previsão dos níveis de produção de carne bovina em 2013. O gráfico abaixo mostra a previsão de produção do Centro de Informação de Comercialização de Gados (LMIC, sigla em inglês) de Denver.

As mudanças trimestrais com relação ao ano anterior para 2013 são bastante amplas – 4,5%, 4,7%, 3,7% e 6,3% para o primeiro ao último trimestre, respectivamente. Essa mudança de 6,3% é o maior declínio no trimestre com relação ao ano anterior desde o terceiro trimestre de 2004, quando a indústria estava se ajustando para menores exportações após o primeiro caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) registrado em dezembro de 2003. Para encontrar um declínio anual no trimestre não associado com alguma forma de EEB, temos que voltar ao primeiro trimestre de 2001 (-7,1%) e para o segundo trimestre de 1987 (-8,1%).

Além disso, as mudanças em 2013 estão apenas começando. As previsões do LMIC para 2014 em termos de produção trimestral são de mais quedas de 4,9%, 4,8%, 4,4% e 4,4% com relação a 2013. Somando isso, tem-se declínios em dois anos na produção trimestral de carne bovina de 9,2% no primeiro trimestre de 2014, 9,5% no segundo, 7,9% no terceiro e 10,4% no quarto.

Para 2014, o LMIC prevê maior produção de carne suína do que bovina. A redução na produção de carne bovina e o crescimento na produção de carne suína em 2014 levará a uma produção de 10,66 milhões de toneladas de carne bovina e de 10,71 milhões de toneladas de carne suína. Essas mudanças foram previstas considerando um clima normal para a agricultura em 2013 e 2014, o que é uma suposição heroica. Porém, o fato de um grupo respeitado e conhecido como o LMIC prever uma produção maior de carne suína que de bovina nos Estados Unidos é espantoso.

Porém, o consumo de carne bovina nos Estados Unidos continuará excedendo o de carne suína, uma vez que o setor de carne bovina exporta somente 10% da produção total, enquanto o setor de carne suína exporta 20% do total produzido. O consumo per capita previsto para carne bovina é de 23,99 quilos em 2013 e 22,77 quilos em 2014. Ambos serão recordes baixos. O consumo per capita de carne suína foi previsto em 19,1 e 19,3 quilos nesses dois anos, respectivamente. Esses dados ainda são maiores do que o menor valor registrado, de 17,4 quilos em 1976, mas estão em terceiro e quinto lugares dentre os mais baixos registrados.

Esses dados de menores consumo de carne são direcionados mais pela oferta e por questões de custo, do que pela demanda. As reduções no consumo são direcionadas pela menor produção no caso da carne bovina e pelas maiores exportações no caso da carne suína. A produção de ambos os setores teria sido significantemente maior se os custos não tivessem aumentado tanto desde 2007.

FONTE: CME Group, publicados no site http://www.cattletradercenter.com, traduzidos e adaptados pela Equipe BeefPoint.


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