Pecuária: agora é esperar que 2013 seja melhor que 2012
Zootecnista, Prof. Dr. Paulo Rossi Junior
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Por Paulo Rossi Junior. Acho que depois de 2012 o pecuarista está cada vez mais cansado, pois alcançar uma meta está difícil. Apesar da pressão de baixa que arroba do boi e da vaca sofreram ao longo do ano todo o mercado fechou, no Paraná, quase igual começou , com uma alta da arroba do boi de janeiro para dezembro de 1,47% e da vaca 0,55%. Um resumo apresentado a seguir mostra que a média do preço da arroba do boi e da vaca foi maior em dezembro em relação a janeiro, no Paraná. O bezerro teve uma redução de 11,44% no seu valor como se pode observar. Mesmo a cotação ter tido em janeiro o seu maior valor de R$ 900,00, fechou com o bezerro valendo R$ 714,25, com média anual de R$ 734,16. Comprar a reposição mais barato é bom, mas não garante um lucro maior no final devido os custos de produção que vem se elevando a cada ano. Se considerarmos os aumentos dos insumos ocorridos ao longo do ano a arroba está longe de alcançá-los, mesmo com o valor um pouco mais alto no final do ano. Contrariando as previsões a arroba do boi não chegou a R$ 100,00, seu maior valor foi em 27/11, com a cotação atingindo R$ 98,79 a arroba. O que esperar para 2013. O ano mal começou e tendência de queda está ocorrendo, como é a variação de todo ano.Com os insumos em alta, duas coisas devem ocorrer. Vai haver um menor número de cabeças suplementadas e confinadas, pois, na maioria das situações com a arroba no valor que está não dará para cobrir os custos de produção. Isso poderá reduzir um pouco a oferta o que pode levar a um aumento de preço. A expectativa da abertura dos mercados para exportação de nossa carne também é grande. Se exportarmos mais há uma chance também do preço subir. Mas como neste último ano algumas coisas ditas aqui não se concretizaram tudo é possível. Uma coisa continua valendo neste setor, a palavra é produtividade. O pecuarista cada vez mais tem de planejar melhor sua produção, investir em tecnologia, fazer a gestão correta de seus custos e principalmente estar atento ao mercado para executar os melhores negócios na hora certa. Maior produção, na mesma área com menor custo, este desafio é o único caminho a seguir para quem quiser continuar na atividade. FONTE: Negócios da Terra, Coluna Paulo Rossi Junior
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