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11/03/2013
Pecuária e efeito estufa


Com objetivo de estimar a participação dos sistemas de produção agropecuários na dinâmica de gases de efeito estufa, a rede de pesquisa Pecus começa a reunir para publicação os primeiros resultados dos experimentos para assim subsidiar políticas públicas e alternativas de redução. Dessa forma será possível saber se os sistemas de produção possuem potencial de mitigação, assim eles serão comparados com a vegetação nativa (floresta, caatinga, pampas) de cada região em que estão inseridos. Com centenas de pesquisadores e diversos parceiros no Brasil e no exterior, incluindo universidades, institutos de pesquisa e agências de fomento à pesquisa e da iniciativa privada, os pesquisadores da rede e suas equipes têm feito experimentos nos seis biomas brasileiros Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa.

Líder da rede, a Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP) vem realizando a pesquisa em áreas de Mata Atlântica. Sendo que após cinco anos do início do primeiro projeto a equipe comemora a consolidação dos primeiros resultados. A emissão de gases de efeito estufa pela pecuária é um processo conhecido. Entretanto, é importante e necessário avaliar os diferentes sistemas de produção. O metano é um importante gás de efeito estufa e é produzido naturalmente pelos herbívoros ruminantes (que possuem estômago dividido em quatro partes: rúmen, retículo, omaso e abomaso).

No entanto, segundo a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste, Patrícia Perondi Anchão Oliveira, não
basta calcular a emissão de GEEs, é preciso também medir a remoção de gases pelos sistemas pecuários por meio do sequestro e acúmulo de carbono nos sistemas de produção. Isso ocorre principalmente como consequência da fotossíntese das plantas. Nesse processo são formados carboidratos, que contêm o elemento carbono. Este passa a fazer parte da estrutura das plantas. Quando elas morrem e se transformam em matéria orgânica, o carbono presente nelas é incorporado ao solo, no processo chamado de sequestro de carbono. O carbono presente na madeira das árvores também representa uma forma de sequestro de carbono. Se a madeira não for queimada e permanecer intacta em usos como mobiliário ou construção civil, o carbono sequestrado permanece estocado. A pesquisadora explica que de gás poluente, o CO2, após o processo de fotossíntese e crescimento das plantas, se transforma em carbono estocado na matéria orgânica do solo ou na madeira. Sendo que Durante a evolução desses animais, o rúmen foi útil para que eles pudessem comer muito alimento de uma vez e retirar-se para um local seguro de predadores, realizando lá a ruminação e a fermentação desse alimento com a ajuda de micro-organismos. Grande parte do metano produzido pelos animais é, portanto, liberada pela boca e narinas.

Para medir a emissão de metano pelo gado, os pesquisadores da rede Pecus utilizam uma canga, acoplada a um cabresto na cabeça do animal por um período de 24 horas. Parte do gás emitido pela boca e narinas fica retida numa espécie de tubo que, vedado, é levado para análise em um aparelho chamado cromatógrafo. As pastagens também emitem gases de efeito estufa. Por isso, na Pecus estão sendo avaliadas as dinâmicas de gás carbônico, óxido nitroso e metano. Esses gases são medidos por meio de uma câmara estática colocada nas áreas de pastagens e de mata durante uma hora. A análise do sistema soloplanta também é feita no cromatógrafo.

FONTE: Agrolink


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