A receita cambial das vendas externas de carne bovina somou US$ 1,45 bilhão no primeiro trimestre, aumento de 18,6% ante o mesmo período do ano passado. Em volume, as  exportações totalizaram 326,6 mil toneladas, avanço de 26,3%. Os dados foram divulgados nesta sexta, dia 19, pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Hong Kong foi o principal mercado no período, ultrapassando a Rússia, com incremento de 50% em volume, para 80,3 mil toneladas, e em receita, para US$ 317,6 milhões. Houve também aumento no preço médio pago pelo mercado, devido à maior participação de carne in natura no total exportado para a região.

Na quinta, dia 18, o diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio, disse que a China, que representa cerca de 2% nas exportações totais, suspendeu as compras do produto brasileiro por conta do evento priônico em uma vaca que morreu no Paraná e, coincidentemente, Hong Kong elevou as aquisições no período.

A Rússia, que passou para segundo lugar entre os principais destinos da carne bovina brasileira, comprou 74 mil toneladas de janeiro a março, aumento de 23% frente um ano antes, gerando uma receita de US$ 293 milhões, alta de 11%. Na sequência, aparece a União Europeia, com volume de 30,4 mil toneladas, alta de 40%, e a receita 25% maior, em função da diminuição do preço médio.

Os embarques para a Venezuela, quarto maior mercado, totalizaram 36 mil toneladas, alta de 75%, com receita cambial de US$ 191 milhões, ou aumento de 82% ante o primeiro trimestre de 2012. Já as vendas para o Chile e Irã apresentaram crescimento de 30% e de 117%, respectivamente, no faturamento.

Novos sócios

A Abiec informou ainda que passou de 10 para 20 empresas associadas. Além de JBS, Minerva, Marfrig, Frigol, Frialto, BRF, Mataboi, Rodopa, Frisa e Cooperfrigu, foi aprovada por unanimidade, em assembleia geral no último dia 4, a admissão dos seguintes frigoríficos: Astra, Better Beef, Frigon, Navicarnes, Tangará, Barra Mansa, Estrela, Mafripar, Silva e VPR.

– Com a inclusão dos novos sócios, a Abiec passa a representar cerca de 69% do total nacional de abates com inspeção federal; e, em termos de volume de exportações, cerca de 91% do total nacional, ganhando maior força e representatividade na defesa dos interesses do setor  – disse a Abiec, em nota.

FONTE: RuralBr