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13/05/2013
Falta de inspeção adequada em abatedouros e frigoríficos pode comprometer qualidade da carne


A falta de higiene em um abatedouro ou frigorífico pode trazer grandes riscos à saúde humana. A questão da segurança alimentar foi levantada pelo presidente da Academia Brasileira de Medicina Veterinária (Abramvet), Milton Thiago de Mello.

– Na falta de inspeção adequada, micro-organismos e bactérias podem causar doenças aos humanos, assim como há produtos químicos que podem ter sido usados na criação dos animais e podem afetar a saúde humana quando não há a fiscalização devida – advertiu Mello.

Nessa área, Mello destacou o papel dos veterinários, mas criticou o fato de a maioria das agências que cuidam da fiscalização não contratar esses profissionais. Existe, apontou, uma insuficiência quantitativa de veterinários. A entidade firmou recentemente um convênio com a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) para a atualização de fiscais estaduais e municipais e a capacitação de responsáveis técnicos para atuar em abatedouros, entrepostos, frigoríficos e varejistas.

Até que a carne seja consumida pela população, existe uma cadeia que se denomina internacionalmente “do pasto ao prato” e que faz parte da segurança alimentar, explicou Mello, destacando que em cada etapa dessa cadeia, o veterinário tem que estar presente. Segundo ele, o consumidor deve estar atento e verificar se na carne que pretende comprar há o carimbo do Serviço de Inspeção Federal (S.I.F.) do Ministério da Agricultura, que atesta a qualidade sanitária do produto.

– As carnes que têm esse carimbo S.I.F. são consideradas seguras. E é essa carne que exportamos e que dá uma porcentagem grande do Produto Interno Bruto brasileiro.
Mello lembrou que se a carne produzida no país é boa para os chineses, russos e árabes que compram do Brasil, tem que ser boa também para a população brasileira.

O presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados de Santa Catarina, Clever Pirola Avila, aconselhou os consumidores a dar preferência a produtos que tenham a certificação do governo federal.

Sobre a crueldade praticada no abate dos animais em muitos matadouros e frigoríficos, o presidente da Abramvet reconheceu que o Brasil, apesar do desenvolvimento registrado nos últimos anos, ainda não está à altura das exigências internacionais do bem-estar animal. Para ele, isso constitui um dos obstáculos à exportação de produtos brasileiros de origem animal.

Para o presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga, ao mesmo tempo em que há uma campanha para melhorar a qualidade da carne produzida no país, há o combate a matadouros municipais e estaduais, sejam clandestinos ou regularizados, que, aparentemente, não estão cumprindo as normas de sanidade federal. Ele acredita que a saída não é fechar o abatedouro ou o pequeno frigorífico, e sim dar condições para que eles possam atender às exigências de sanidade e qualidade da carne.

Segundo Alvrenga, a fiscalização é exercida em níveis federal, estadual e municipal e muitas vezes é deficiente. Daí a proposta de treinar os fiscais estaduais e municipais. Outra preocupação é que todo abatedouro e frigorífico tenha um responsável técnico habilitado para fiscalizar e organizar a produção de carne.

– Muitas vezes, esses funcionários cumprem papel meramente burocrático. O objetivo é aumentar o número de responsáveis técnicos capacitados para prestar atendimento a esses órgãos que abatem animais, armazenam e vendem a carne aos consumidores. Dessa forma, a gente tenta dar condições para que esses matadouros municipais e estaduais sobrevivam – argumentou.


FONTE: Agência Brasil


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