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03/06/2013
Alimentos alternativos à forrageira podem evitar prejuízos na pecuária em períodos de seca


No período de estiagem, entre junho e setembro, a baixa disponibilidade de forragem no pasto prejudica o desempenho de bovinos, resultando em perda de peso, declínio acentuado da produção de leite, diminuição da fertilidade e enfraquecimento geral do rebanho. Para manter a nutrição adequada dos animais, a suplementação alimentar é fundamental. Entre as alternativas para assegurar um melhor padrão alimentar durante esse período, e que apresentam maior praticidade e economicidade, estão a utilização de capineiras, dos bancos-de-proteína, da cana-de-açúcar mais ureia e do diferimento de pastagens.

O capim-elefante, devido ao fácil cultivo, elevada produção de matéria seca, bom valor nutritivo, resistência a pragas e doenças, além da boa palatabilidade, tem sido a forrageira mais usada para a formação de capineiras.

– Em geral, um hectare de capineira bem manejada pode fornecer forragem para alimentar de 10 a 12 vacas durante o ano – diz o pesquisador da Embrapa Rondônia, Claudio Townsend.

Apesar de a capineira fornecer alta produção de forragem durante o período seco, apresenta maior rendimento durante o período chuvoso.

– Se neste período a capineira não for manejada, a gramínea ficará passada e com baixo valor nutritivo, ou seja, muita fibra e pouca proteína e digestibilidade, o que compromete a produtividade animal – informa.

A utilização de leguminosas forrageiras é uma alternativa viável, especialmente no período seco, por apresentarem alto teor proteico, melhor digestibilidade e maior resistência ao período seco. Os “bancos-de-proteína” são piquetes com cultivo exclusivo de uma leguminosa, que serão pastejados durante um período restrito (três a quatro horas por dia) por vacas em lactação, ou outra categoria animal. Para as condições de clima e solo da Amazônia Ocidental, as leguminosas recomendadas são amendoim-forrageiro, guandu, leucena, pueraria, desmódio, centrosema, estilosantes e calopogônio.

A cana-de-açúcar é uma cultura permanente, de fácil implantação e manejo, além de baixo custo de produção.

– A cultura pode atingir rendimentos de até 120 toneladas de matéria verde por hectare, através de cortes realizados a cada 12 a 18 meses, coincidindo com o período seco, de junho a setembro, suficientes para suplementar até 30 vacas em produção – informa Townsend.

A mistura cana-de-açúcar mais a ureia - ingredientes que são fonte de energia e proteína - é um suplemento alimentar para o gado bovino. Melhores resultados, com o uso da cana mais ureia, são alcançados desde que exista pastagem com boa disponibilidade de forragem, ou seja, bastante pasto seco.

O diferimento ou reserva de pastos (feno-em-pé), durante a estação chuvosa, é uma alternativa para corrigir a defasagem da produção de forragem durante o ano. A prática consiste em suspender o acesso ao pasto durante parte do período vegetativo do mesmo (vedar o pasto), para favorecer o acúmulo de forragem que será usada durante a época seca. O uso desta técnica deve ser bem planejado para que a área diferida não corra o risco de ser um foco de incêndio. É uma prática indispensável quando se pretende utilizar misturas múltiplas como suplementação a campo.

A adoção de qualquer uma dessas estratégias de suplementação alimentar requer planejamento detalhado, partindo-se do conhecimento prévio das condições edafoclimáticas (clima e solo), do potencial produtivo das pastagens, das necessidades nutricionais do rebanho que ocorrem na propriedade, além das condições de mercado de produtos e insumos.

EMBRAPA

FONTE: RuralBR


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