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11/06/2013
Governo chinês aprova três variedades de soja brasileira geneticamente modificada


O governo chinês aprovou a entrada no país de três variedades de soja brasileira geneticamente modificada, conforme informou nesta segunda, dia 10, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, que está em visita oficial à China. Ele participou neste domingo, em Beijing, do Foro China - America Latina e Caribe de Ministros da Agricultura.

A aprovação das variedades de soja Intacta RR2 PRO, CV127 e Liberty Link, que têm a propriedade de supressão de lagartas que causam muitos danos às lavouras de soja no Brasil, foi comunicada a Andrade pelo ministro da Agricultura da China, Han Changfu, durante encontro bilateral.

O ministro brasileiro, que fez o pedido da liberação, agradeceu a decisão das autoridades locais e aproveitou para esclarecer ao seu colega chinês que a agricultura tropical é mais sujeita ao ataque de pragas e ervas daninhas, e por essa razão é mais dependente da contínua introdução de novas tecnologias.

Antônio Andrade lembrou, ainda, que a aprovação torna-se ainda mais significativa em função da propagação da lagarta Helicoverpa armigera em vários Estados do Brasil. Conforme o ministro, as novas sementes aprovadas pelo governo chinês já tinham seu uso autorizado no Brasil e em outros mercados, mas os produtores de soja e as empresas detentoras da tecnologia estavam aguardando a aprovação chinesa, pelo fato de a China ser o principal mercado comprador da soja brasileira.

Em abril de 2013, o Brasil exportou 7,154 milhões de toneladas de soja em grãos, equivalente a US$ 3,797 bilhões. Deste total, 5,604 milhões de toneladas (US$ 2,966 bilhões) tiveram a China como destino.

– Essa decisão era ansiosamente aguardada pelos sojicultores brasileiros, visto que as empresas têm poucas semanas para embalar e distribuir o produto, a tempo do plantio da nova safra – destacou Andrade.

O ministro propôs ainda a Han Changfu o aumento da cooperação entre a Embrapa e a Academia de Ciências Agrárias da China no campo da biotecnologia e falou sobre as oportunidades de investimento para empresas chinesas nas novas fronteiras agrícolas do Brasil, principalmente em Mato Grosso e na região conhecida como Matopiba.

A região traz novas opções de escoamento da produção no sentido norte, por hidrovias e ferrovias, viabilizadas a partir da recente aprovação da Medida Provisória dos Portos. Esses temas serão novamente abordados por ocasião da visita do vice-ministro da Agricultura da China ao Brasil, nos dias 20, 21 e 22 deste mês.

No encontro de Ministros da Agricultura da China, America Latina e Caribe o ministro Antônio Andrade foi um dos convidados para falar na sessão solene de abertura, que foi presidida pelo vice-primeiro ministro da China, Wang Yang.

Ainda no Foro de Ministros, detalhou as prioridades brasileiras no comércio com a China, em que mencionou "a preocupação com a diversificação da pauta exportadora, a exportação de produtos de maior valor agregado e o equacionamento dos problemas de logística, um tema que interessa tanto aos produtores brasileiros como aos consumidores chineses".

O ministro enfatizou, por fim, que esta foi sua primeira viagem internacional depois que assumiu o cargo.

– O destino não poderia ser outro, já que a China é a principal compradora dos produtos agrícolas exportados pelo Brasil – afirmou.

Aprosoja celebra aprovação da tecnologia RR2 pela China

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) comemorou, em nota divulgada nesta segunda, a decisão do governo chinês de aprovar a utilização da soja geneticamente modificada Intacta RR2.

– Esta aprovação é importante para o produtor mato-grossense, pois queríamos adotar a nova tecnologia, mas não era possível sem a liberação do nosso principal mercado – afirmou o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, no comunicado.

A Monsanto, que produz a soja, havia firmado um acordo com a cadeia produtiva de lançar comercialmente a variedade transgênica de segunda geração somente depois do aval da China.

– Se plantássemos sem a certeza de que a China aceitaria o produto, poderíamos sofrer um embargo e consequências gravíssimas para a agricultura de Mato Grosso – explicou Fávaro.

Fonte: RuralBR


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