Programa Boi na Bolsa é nova maneira de comercializar o gado
Desde o começo do mês, a Bolsa Brasileira de Mercadorias, ligada à Bolsa de Valores de São Paulo, está intermediando a venda de gado entre pecuaristas e frigoríficos. Esta semana, a Faeg, Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, assinou um convênio para facilitar o acesso dos criadores ao leilão eletrônico de carne bovina. Na sede da Faeg será instalada uma Central do Boi que vai intermediar as negociações entre o produtor e as corretoras. “O pecuarista vai procurar uma corretora e identificar o seu animal. Ele vai informar quanto o animal pesa, a raça e se é nelore, se é mestiço ou cruzado. Além dessa característica, ele vai colocar que ele é o proprietário na fazenda tal e no município tal. Com essa identificação, o corretor vai ofertar o lote de animais para o frigorífico, que na outra ponta, através de uma corretora, vai adquirir esse lote”, disse José Manoel Caixeta Haum, presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg. O gado já era vendido no mercado futuro da Bolsa de Valores. Mas agora o produtor pode fazer a venda de forma imediata. A principal vantagem é a garantia de pagamento. O pecuarista vende o lote e o frigorífico é obrigado a depositar 90% do valor na conta da Bolsa antes do embarque dos animais. No campo, a notícia foi bem recebida. O pecuarista goiano acredita que com essa nova modalidade de negociação vai ganhar mais força, vai conseguir até melhorar o preço na hora de comercializar a boiada gorda. “A gente vai ter a oportunidade de estar também trabalhando com o nosso preço. A gente trabalha hoje com o preço do frigorífico. A gente não tem nem como colocar preço na nossa mercadoria. E dessa forma eu acho que a gente vai ter uma chance melhor de estar valorizando um pouco a nossa arroba de boi, a nossa mercadoria”, falou o criador Jose Ricardo Ramos. Além de Goiás, as federações de pecuaristas de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul também já assinaram o convênio para ter a central da bolsa. Fonte: Agrolink
|