O Egito sinalizou que reverterá em julho à suspensão temporária da carne bovina brasileira produzida no estado do Paraná. A informação foi dada pelo chefe do Departamento de Quarentena Veterinária do Ministério da Agricultura do Egito, Youssef Mandouh Shalby, em reunião nesta semana no Egito com o diretor-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby.

Segundo a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, os representantes da entidade tiveram, ainda, encontros com executivos do grupo Ragab, que tem 40 supermercados no Egito, e com o secretário-geral da Associação de Importadores de Alimentos Congelados, Ahmed Tarek Abdo.

Em entrevista na quarta-feira (19/6), o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Fernando Sampaio, informou que o Brasil conseguiu reverter os embargos impostos pelo Peru, Jordânia (que também era só em relação ao produto do Paraná), Gabão e Chile (apenas farinha de osso). Os países suspenderam as compras por conta do evento priônico em uma vaca morta no Paraná em 2010.

Conforme Sampaio, não existe previsão para reverter o embargo imposto pela China, apesar da reunião com autoridades chinesas e brasileiras no início do mês.

- Aguardamos a decisão, favorável, do Japão ainda neste mês. A Arábia Saudita, outro grande mercado para a proteína brasileira, visitará unidades frigoríficas em setembro e a partir das conclusões pode reverter a suspensão. Kuwait e Qatar devem seguir a decisão da Arábia Saudita.

Em relação a Líbano, África do Sul, Coreia do Sul, entre outros, a ABIEC tentará resolver as suspensões em reuniões bilaterais do Comitê sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC), marcadas para os dias 26 a 28 de julho.

FONTE: Scot Consultoria