O que você achou do nosso site?



09/07/2013
Argentina: com perda de rentabilidade, produtores param de investir na pecuária


Os preços do gado estão praticamente congelados no mercado interno da Argentina desde 2011, período em que os pecuaristas relatam aumento de custos em torno de 30%. Os números de abate refletem que os pecuaristas deixaram de investir. O pulso do negócio se vê através da decisão tomada pelos produtores a cada ano, entre os meses de março e maio. Quando veem futuro na pecuária, preservam as fêmeas do rebanho. Quando vislumbram tempos de baixa rentabilidade, mandam as futuras matrizes ao matadouro, para não ter que arcar com o custo de mantê-las durante o inverno.

Segundo o especialista Néstor Roulet, a decisão desse ano está claramente no sentido da liquidação de fêmeas, decisão que repercutirá no rebanho pecuário do país em dois anos. Enviar ao abate maior quantidade de fêmeas significa que em 2015 nascerão menos bezerros e cairá a oferta de carne no país.

Roulet afirma que quando a participação de fêmeas nos abates totais supera 43%, começa-se sem dúvida um ciclo de liquidação no rebanho bovino. A Argentina já viveu esse ciclo no ano de 2007 – que se refletiu em um saldo que deram os preços da carne três anos depois – e em 2010, cujas consequências nos valores da carne serão vistas no segundo semestre de 2013.

O preço do bezerro passou de US$ 3,30 por quilo de peso vivo em janeiro de 2009 para US$ 6 em fevereiro de 2010, praticamente duplicando seu valor.

Esse ano, considerando a participação das fêmeas dentro dos abates totais, entre janeiro e março de 2013 (último dado oficial disponível), a porcentagem rondou os 42%, muito próximo da linha que marca o início do desinvestimento. A partir de maio, segundo as projeções de Roulet, cresce a participação, superando a marca de 43% para fêmeas. A perspectiva se baseia no comportamento dos pecuaristas nos últimos seis meses.

Enquanto começa o ciclo de desinvestimento pecuário, os consumidores argentinos vivem um “veranito” nos preços da carne bovina que, comparativamente com outros substitutos, hoje é mais rentável na economia familiar. Por isso, o consumo interno absorveu 93,2% da produção total de carne bovina esse ano, o segundo mais elevado desde 1960 segundo a Câmara Industrial e Comércio de Carnes da Argentina (CICCRA). Isso significa que um argentino médio tem consumido esse ano pouco mais de 60 quilos de carne bovina.


Fonte: Beefpoint


 Voltar  Enviar para um amigo  Imprimir

 30/05/2019 - Novo Site CIA/UFPR
 13/05/2019 - Acordo pode fortalecer EUA no mercado de carne bovina do Japão
 13/05/2019 - Queda no preço do milho deve elevar confinamento em até 7%
 13/05/2019 - Exportações de boi em pé ajudam a sustentar preços de reposição
 13/05/2019 - Previsão do tempo para esta Terça-feira (14/05/2019)

 
 

Nome
E-mail