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19/07/2013
PIB do agronegócio cresce 2,99% em 2013, puxado pelo setor primário, diz CNA


O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 2,99% no acumulado de janeiro a abril deste ano, em relação ao mesmo período de 2012. A alta foi impulsionada principalmente pelo resultado do PIB da agropecuária, cuja expansão foi de 5,61% nos primeiros quatro meses de 2013. O levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra que tanto o aumento do volume de produção quanto a elevação dos preços contribuíram para o desempenho do setor primário, que contempla a atividade dentro da porteira.

Segundo o estudo, houve crescimento expressivo na agricultura (0,69% no mês e 4,57% no ano) e na pecuária (0,93% no mês e 5,61% no ano). Os autores explicam que o desempenho da atividade agrícola se deve ao melhor nível dos preços (+4,58%) e das expectativas de aumento da produção (+8,59%).

Na pecuária, avicultura, suinocultura e bovinocultura foram destaque, com a alta registrada para o setor primário foi de 5,61%. Segundo a CNA, apesar da desaceleração observada neste ano, esses segmentos tiveram desempenho superior aos quatro primeiros meses de 2012.

Na agricultura, o crescimento no primeiro quadrimestre foi de 4,57%, na comparação com o mesmo período do ano passado. O desempenho positivo do segmento primário agrícola foi atribuído, especialmente, ao aumento expressivo no faturamento de culturas como batata (209%), tomate (165%), trigo (91,9%), soja (32,8%), mandioca (24,7%), arroz (17,7%), fumo (14,5%), feijão (6,7%) e milho (6,7%).

Com o resultado observado de janeiro a abril, a agropecuária foi a principal responsável pela expansão do agronegócio em 2013. Outro setor que contribuiu de forma significativa para o PIB do agronegócio foi de insumos, que apresentou expansão de 3,29% no acumulado do ano. Já o segmento da distribuição cresceu 2,28%.
Dentro da cadeia produtiva do agronegócio, a agroindústria foi o segmento que teve desempenho mais baixo, com variação de 1,64%. Apesar do baixo crescimento do ano, a agroindústria foi a que teve melhor desempenho mensal dentro do setor, com elevação de 0,97% em abril, enquanto o agronegócio total teve alta de 0,77% naquele mês.

Ao detalhar o desempenho por cultura, os técnicos observam que, no caso da batata, a melhora no faturamento está atrelada essencialmente à expansão dos preços, que subiram 215,3% no quadrimestre, refletindo a menor oferta, provocada pela redução de área e quebra de produtividade em algumas regiões. Outro produto de destaque é o tomate, cujo faturamento subiu 139,3% no quadrimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo os técnicos, a forte aceleração de preços do tomate pode ser explicada pela baixa oferta, decorrente da menor área cultivada e do clima chuvoso, que deprecia a qualidade e limita o volume ao consumidor.

Os técnicos observam que os preços da soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, desaceleraram no início deste ano, mas ainda se mantiveram 8,48% acima do primeiro quadrimestre do ano passado. Os analistas do Cepea atribuem a perda de ritmo nas cotações em abril ao nível recorde da safra nacional, problemas logísticos de transporte e dificuldades de estocagem do grão, além das estimativas sobre estoques finais nos Estados Unidos acima das esperadas pelo mercado.

Os analistas observam que os preços do arroz tiveram comportamento semelhante ao da soja, com retração ao longo do quadrimestre, mas ainda acima do mesmo período do ano passado. A alta de 14,49% impulsionou a renda do setor, uma vez que as estimativas são de aumento de apenas 2,2% na produção. O aumento previsto no faturamento do feijão também se deve aos melhores preços, pois a expectativa é de queda de 2,68% na produção, provocada pela retração na área plantada.

O estudo mostra, ainda, que o cenário para a cana-de-açúcar e a banana é de redução no faturamento, apesar do aumento da oferta. Os preços cana no primeiro quadrimestre recuaram 13% e os da banana 15,6%. Em relação à produção, as estimavas são de aumento de 5,6% na safra de cana e de 10,2% na de banana. Os técnicos observam que no caso do algodão a expressiva queda na produção (33,46%) provocou retração de 27,8% no faturamento, apesar da alta de 8,3% nos preços.

Na opinião dos analistas, as situações mais críticas são as das culturas do café, cacau, cebola e laranja, que enfrentam retração tanto nas cotações quanto na expectativa de produção. Eles dizem que a laranja apresenta o cenário mais desfavorável, pois os preços recuaram 54,22% em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado e a expectativa é de queda de 14,18% na produção, o que, segundo eles, resulta em perda de 60,71% no faturamento esperado para 2013.

Segundo o estudo, os preços do café recuaram 30,8% no primeiro quadrimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a expectativa é de queda de 4,4% na produção. Os técnicos argumentam que a diminuição dos preços do arábica reflete a previsão de uma grande safra para 2013/2014, que se somará a volumes significativos ainda em estoque. Eles informam que com a forte tendência de queda, os produtores passaram a demandar medidas governamentais, argumentando que o preço obtido não cobria os custos de produção.

Outro setor que contribuiu de forma significativa para o PIB do agronegócio foi de insumos, que apresentou expansão de 3,29% no acumulado do ano. Já o segmento da distribuição cresceu 2,28%.

Dentro da cadeia produtiva do agronegócio, a agroindústria foi o segmento que teve desempenho mais baixo, com variação de 1,64%. Apesar do baixo crescimento do ano, a agroindústria foi a que teve melhor desempenho mensal dentro do setor, com elevação de 0,97% em abril, enquanto o agronegócio total teve alta de 0,77% durante o mês.

FONTE: RuralBr


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