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30/07/2013
Produtores norte-americanos estão otimistas com safra 2013/2014 de soja


A expedição do Soja Brasil esteve no Meio-Oeste americano e durante nove dias percorreu quase três mil quilômetros visitando produtores e lavouras de soja e de milho do país. Os produtores norte-americanos esperam uma boa safra de grãos neste ano.

Os americanos plantaram neste ano 31,5 milhões hectares com soja e 39 milhões com milho. A expectativa é de colher uma das maiores safras da história do país: 92 milhões de toneladas de soja e 355,7 milhões de toneladas de milho, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Uma supersafra, considerando que no ano passado o Meio-Oeste sofreu a pior seca das últimas cinco décadas.

A Expedição do Soja Brasil começou a viagem em Saint Louis, no Estado do Missouri, onde está a sede da Associação Americana dos Produtores de Soja. Miguel Escobar é diretor da Associação que representa 21 mil produtores de 26 Estados americanos.

– Indiscutivelmente esse será um bom ano para a soja. Os produtores americanos  estão preparados para ter uma safra que, caso não seja a melhor, será uma das melhores – afirma ele.
 
De acordo com o último relatório do USDA, mais de 90% das lavouras de soja se encontram em boas condições de desenvolvimento. Durante o encontro com a equipe do Soja Brasil, Miguel revela que não existe possibilidade de uma nova seca este ano na maior região produtora de grãos do país. Ele se mostra otimista com as perspectivas do mercado, e diz:

– Os estoques de soja estão baixos e devem continuar assim no futuro. A tendência é de preços apropriados, bons para os produtores – afirma Miguel, que não vê possibilidade de baixa nas cotações.
 
Para saber o que os produtores estão esperando da safra 2013, a expedição viajou para Illinois, o segundo maior Estado americano produtor de soja. A primeira parada é em Blue Mound, na propriedade da família Noland. Tradicionais agricultores do Meio-Oeste, eles cultivam uma área de quatro mil acres. São terras próprias, de fundos de pensão e de viúvas de fazendeiros. O milho ocupa 70% da área, o restante é cultivado com soja.  Por causa da chuva na época da primavera, algumas regiões tiveram que ser replantadas até duas vezes.

O produtor rural Grant Noland, neto do proprietário, informa que a safra está um mês atrasada. Ele já não acredita mais em uma excelente, mas sim em uma boa safra e lembra que, para que isso aconteça, vai depender do clima ao longo do verão e do início do outono. Grant fala ainda sobre as médias de produtividades que espera para essa colheita e garante que mesmo que não sejam boas, com certeza não serão iguais às da safra passada, quando tiveram quebras por causa da seca.
 
O maior temor de Grant é que a safra deste ano seja igual à de 2009, quando por causa do atraso no plantio, a colheita se estendeu até o mês de dezembro e o milho teve que ser colhido fora de época e com alto teor de umidade. Trezentos quilômetros ao norte dos Noland, vive o produtor rural Michael Zecher. As áreas com milho e soja na cidade de Aledo, Ilinois, também foram plantadas com atraso. Se a geada não chegar cedo este ano, ele espera colher 195 sacas de milho por hectare. Na soja, a expectativa de prejuízo é maior que a do milho. Segundo ele, deve haver uma quebra de 10% a 15%. Ele espera colher 51 sacas de soja por hectare .

Michael, assim como outros produtores americanos, tem outra preocupação nesta safra: o ataque do besouro japonês. Ele atinge especialmente as folhas mais antigas e o principal alvo é a soja. Michael se diz preocupado porque o ataque está ocorrendo em um momento importante do desenvolvimento da soja e acredita que haverá prejuízo para os grãos. O produtor também teme que o ataque se transfira para as lavouras de milho. Ele diz que usa piretróide para combater os insetos e que em média, cada aplicação aumenta o custo da lavoura  entre US$ 2,00 e US$ 4,00 por hectare.
 
Michel conta que em uma propriedade próxima à dele um engenheiro agrônomo olhou a lavoura em um dia e 5% da área estava danificada pelo besouro japonês. Depois de três dias ele retornou e a desfolha ocupava 70% das plantas. Por isso, recomenda que os produtores fiquem atentos a este problema. O engenheiro agrônomo Naildo Lopes da Silva, da Expedição do Soja Brasil, visitou áreas infestadas com o inseto e reconheceu que a situação é critica.

– Ela é uma praga que ataca a planta e ocorre no seu desenvolvimento reprodutivo. Com isso, há uma tendência natural de redução na produtividade da planta.

Fonte: Ruralbr


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