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01/08/2013
Entenda porque o mercado de miúdos é tão importante para a pecuária dos EUA


Nos Estados Unidos, quando se pensa em carne, logo se pensa em um bife suculento, costelas ou o tradicional hambúrguer. Porém, em outros países, o prato principal pode consistir de fígado, por exemplo, no Egito, ou língua no Japão, coração no Peru, intestinos no México ou sudeste da Ásia.

Raramente encontrados nos cardápios dos Estados Unidos, os miúdos incluem rins, fígados, estômagos, tendões, aortas, rabos, entre outros, e são altamente valorizados para uso na cozinha internacional.

Os miúdos são como ouro para a indústria de carne bovina dos Estados Unidos. As exportações totais de carne bovina dos Estados Unidos em 2012 alcançaram um novo recorde de US$ 5,51 bilhões. Os miúdos representaram 12,8% (US$ 703,1 milhões) disso. Também foram responsáveis por 28,4% do volume total das exportações (321.772 toneladas). Virtualmente, 100% do rebanho dos Estados Unidos é representado nas exportações de miúdos – alguma parte de todo animal é vendida para clientes internacionais.

A demanda por intestino grosso e delgado despencariam sem o mercado internacional, afirma o exportador da Greater Omaha Packing Company Inc., Jerry Wiggs. São vendidos intestinos grossos para a Coreia do Sul ou coreanos que recentemente mudaram para os Estados Unidos. E recente a venda de intestinos delgados ao México. Sem esses países, os mercados para esses produtos basicamente desapareceriam.

O mesmo pode ser dito para muitos outros itens dessa categoria de carnes. Mais de 90% das línguas bovinas produzidas nos Estados Unidos são exportadas, principalmente para clientes no norte da Ásia e no México. Os compradores no Oriente Médio, América do Sul e Rússia (quando o mercado russo está aberto) compram mais de 9 de cada 10 fígados, corações e rins bovinos dos Estados Unidos. E os clientes do México e do Sudeste da Ásia consomem mais de 75% dos estômagos bovinos dos Estados Unidos.

Os miúdos são frequentemente a primeira carne dos Estados Unidos provada por clientes em muitos países. Os miúdos são o primeiro ponto de entrada da carne bovina dos Estados Unidos em mercados em desenvolvimento, disse o vice-presidente de vendas internacionais da JBS, Mark Gustafson.

Os preços premium que os miúdos podem gerar internacionalmente são somente significativos quando os Estados Unidos têm acesso irrestrito a mercados.

Rússia e Egito são mercado para fígado, houve uma queda nos preços quando a Rússia impôs sua política de tolerância zero para resíduos de ractopamina, efetivamente fechando o mercado. Isso levou os preços do fígado a cair de cerca de US$ 1,41 por quilo para US$ 0,86 por quilo – uma perda de cerca de US$ 3,50 por cabeça apenas para esse corte. Quando o acesso ao Egito foi ameaçado pelos problemas no Oriente Médio, o preço foi ameaçado de cair para 15,43 centavos.

Enquanto a saída da Rússia do mercado reduziu os preços, o oposto ocorreu quando o Japão expandiu o acesso em fevereiro para incluir carne bovina de gados com até 30 meses de idade dos Estados Unidos. A demanda aumentou para línguas bovinas. Para um item que em média gera 1,27 quilos por animal, o aumento de US$ 4,4 por quilo para US$ 8,8 impulsionou o valor por cabeça desse único corte em cerca de US$ 5,60.

Embora a língua e o fígado sejam exemplos dramáticos, existem outros. O México é um importante mercado para miúdos dos Estados Unidos. Wiggs disse que a recente decisão do México de aceitar timo impulsionou os retornos, enquanto o país é o principal destino para pés bovinos.

Se o México fechar, uma grande porcentagem de tripa bovina provavelmente será descartada, disse ele. Nós provavelmente perderíamos US$ 4 a US$ 4,50 por animal. Os lábios bovinos são um grande item para o México. Não tenho registro desse item ir para qualquer outro lugar. São quase 1,36 quilos por cabeça e estão sendo vendidos a US$ 3,85 a US$ 4,07 por quilo FOB ao México. A demanda é grande por eles no México, mas nos Estados Unidos eles não teriam nenhum valor e provavelmente terminariam em alimentos para animais de estimação.

A Federação de Exportações de Carnes dos Estados Unidos (USMEF) tem uma história longa e ativa de promover miúdos no mercado internacional e embora suas exportações tenham aumentado nos últimos anos, os exportadores acreditam que há espaço para mais crescimento.

Antigamente os miúdos eram algo secundário. A qualidade era geralmente baixa. A maioria seria vendida para a indústria de ração de animais de estimação. Hoje, a embalagem e a qualidade (dos miúdos) quase se tornou uma ciência em si. Olhamos para os mercados internacionais como mercados premiums, em grande parte devido aos miúdos.

A USMEF está mirando países específicos, e nichos dentro desses países, para demonstrar aos compradores de carnes, foodservice e operadores de varejo como diferentes cortes de músculos ou itens de miúdos podem ser a solução ideal para seus negócios. É um processo de educação, mas estamos vendo crescimento e esperamos que esse continue.

FONTE: BeefPoint


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