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23/08/2013
"Super vacas" ganham o dobro de massa muscular após modificação genética


Algumas variedades de carne bovina encontradas no mercado são provenientes de gado que foram modificados deliberadamente para que neles cresçam, de maneira artificial, grandes músculos para a produção de carne.

Um programa transmitido pelo canal National Geographic Channel oferece uma visão da misteriosa produção das chamadas "Super Vacas", que carregam intencionalmente um gene defeituoso que lhes permite crescer de tal forma que faz com que os animais adquiram uma aparência bizarra. Estes animais, geneticamente modificados, possuem o dobro de musculatura.

Esta nova raça já vem sendo chamada de ‘mutante’ por algumas publicações européias, devido suas características, e tem pouco da espécie de gado conhecido oficialmente como ‘Azul Belga’, a qual a origem do gado modificado remonta. O ‘Azul Belga’, criado no início de 1800, quando cientistas e agricultores belgas decidiram criar um gado nativo a partir do cruzamento de duas raças – o Shorthorn (originários da parte Centro-Oeste da Inglaterra) e variedades do gado Charolais (charolês), criando assim um híbrido forte e musculoso.

Com o tempo, os criadores começaram a selecionar os animais mais fortes e maiores de cada variedade e cria-los juntos para, a partir deste experimento, obter descendentes superiores.

"O melhoramento genético é utilizado pelos agricultores para aprimorar as características desejáveis nestes animais", explica a reportagem veiculada pelo canal de TV inglês. "Todo o processo diz respeito a gestão dos cruzamentos”, acrescenta o National.

Para criar os ‘Azuis Belgas’, foram precisos realizar cruzamentos, por mais de100 anos, somente entre as vacas e os touros com a maior massa muscular. O resultado é um touro que pesa, facilmente, mais de uma tonelada.

Tradição e modernidade

A tradição de criar e reproduzir os ‘Azuis Belgas’ se mantém fiel a maneira como era manejada há 100 anos. Contudo, hoje existe uma seleção muito maior, amparada nas novas tecnologias que tem dado aos criadores uma nova visão sobre a modificação genética. Como resultado, as mais bem sucedidas linhagens dos ‘Azuis Belgas’ possuem um defeito genético inerente que faz com que seus músculos sigam crescendo, o que acaba por dar-lhes esta estranha característica ‘mutante’.

Embora difira das modificações genéticas que se encontram na soja produzida pela Monsanto, por exemplo, o Azul Belga é deliberadamente criado com uma modificação do gene miostatina, que altera seus padrões normais de crescimento. A miostatina, responsável por ‘dizer’ ao corpo quando este deve deixar de produzir músculo, nos ‘Azuis Belgas’, não tem função, o que permite o crescimento excepcional dos músculos verificado nestes animais.

O resultado, por mais comercialmente bem sucedido que seja, causa estranheza à primeira vista.

FONTE: Agrolink


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