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11/10/2013
Pecuária brasileira pode triplicar produção


A pecuária de corte brasileira pode triplicar a produção sem avançar em áreas produtivas. Esta pode ser a contribuição do setor para que o Brasil seja responsável por 40% do crescimento na produção mundial de alimentos até 2050. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) prevê que até lá, a produção terá que crescer 70% em comparação aos níveis de 2009, para alimentar uma população estimada em 9 bilhões de pessoas
 
O assunto foi tema do 5º Fórum Inovação, realizado na manhã desta quinta-feira, 10, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo (SP), evento organizado pela realizado pela Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal), FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) e Embrapa.
 
De acordo com o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, até 2050 o mundo terá que produzir 470 milhões de toneladas de carne, 200 milhões de t a mais  do que produz hoje. Conforme informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicadas no Anuário DBO 2012, o mundo produziu 57,1 milhões de toneladas de carne bovina no ano passado, o equivalente a 23% da produção global de carnes.
 
Mesmo com o aumento na produção de alimentos, o Brasil ainda não atingiu às expectativas da FAO para que seja possível alimentar 9 bilhões de pessoas em 2050. Enquanto a produção  brasileira de carne bovina cresceu 5,43% em volume, o consumo interno teve evolução de 7,27%, diferença que só não foi maior pela manutenção dos números de exportação. 
 
Mas as perspectivas são positivas. “Já temos tecnologia para passar de uma unidade animal por hectare para três sem avançar um metro quadrado de área, apenas recuperando as áreas degradadas”, afirma Cacilda Borges, pesquisadora da Embrapa Pecuária de corte. Ela foi uma das homenageadas pela contribuição para que o Brasil se tornasse um grande produtor de alimentos por meio do projeto Revolução Verde, que reconheceu lideranças da agropecuária nacional.
 
Segundo ela, com a intensificação da produção a pasto, é possível ampliar a produção de quilos de carne por hectare/ano e reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
 
Para se chegar a este resultado, a integração lavoura-pecuária ou lavoura-pecuária-floresta foi apontada como alternativa durante o evento. “O produtor pode entrar com a soja, que é uma fixadora de nitrogênio, enriquece o solo e melhora a matéria orgânica por três safras, pode plantar milho safrinha, para então plantar seu pasto. Ele vai ser um pasto melhorado, recuperando a condição que tinha nos 20 anos antes”, explica. Ela salienta que, ao incluir florestas, o produtor também pode proporcionar mais conforto animal com a sombra, além de contar mais uma fonte de renda.
 
“Isso cria um conjunto muito novo de oportunidades para elevação do padrão da qualidade e da produtividade da pecuária e com um impacto muito grande na produção de outros alimentos importantes para o futuro do Brasil. É um potencial nada menos do que gigantesco”, acrescenta o presidente da Embrapa, Maurício Lopes.
 
Ele pondera que o caminho para produzir mais em menor espaço passa pela incorporação de tecnologia. “A pecuária em que os bois estão no pasto consumindo os recursos naturais precisa desaparecer e isso vai acontecer muito brevemente. O Brasil tem tecnologia, estímulos e políticas públicas para que ela seja convertida a uma pecuária muito mais eficiente.”
 
Revolução Verde -  A partir deste ano, o projeto Revolução Verde irá reconhecer 10 personalidades que contribuíram para o desenvolvimento da agropecuária no País, que passou de importador a exportador nos últimos 40 anos. Os organizadores premiaram os chamados “heróis” da revolução verde durante o  Fórum de Inovação. Além de Cacilda Borges, foram agraciados  Alfredo Scheid, Alysson Paulinelli, Edson Lobato, Eliseu Alves, Fernando Penteado, Fernando Reinach, Helena Lage, Herbert Bartz e Romeu Kiihl.
 
Fonte: Portal DBO


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