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14/10/2013
PPM 2012: cenário pouco favorável para os rebanhos


Aumentos nos custos dos principais insumos de produção, tais como produtos veterinários, escassez de milho e soja – importantes componentes da ração animal, sobretudo para avicultura e suinocultura – dificuldades de distribuição e problemas climáticos resultaram num cenário pouco favorável à produção pecuária brasileira em 2012. Em relação ao ano anterior, houve redução dos principais rebanhos de pequeno, médio e grande portes investigados pela pesquisa: bovinos (- 0,7%, equivalente a menos 1.536.229 cabeças), suínos (-1,3% ou 511.434 cabeças) e galináceos (-1,8% ou 22.939.920 cabeças). Registrou-se redução também na produção de mel (-19,3%, equivalente a 8.030 toneladas) e de casulos do bicho da seda (-15,2%, equivalente a 488 toneladas). Aumentaram, entre 2011 e 2012, a produção de leite (+0,6%, equivalente a 208.207 mil litros), a de ovos de galinha (+2,3% ou 79.001 mil dúzias), a de ovos de codorna (+9,4% ou 24.572 mil dúzias) e a de lã (+1,6% ou 188.520 quilos).

Apesar das quedas na quantidade produzida dos produtos de origem animal, seus valores, na grande maioria dos casos, subiram no comparativo 2012-2011, à exceção do mel de abelha (-3,6%). As maiores valorizações ocorreram em ovos de codorna (+27,2%), ovos de galinha (+17,4%), leite (+9,9%) e lã (+9,3%). É o que mostra a Produção da Pecuária Municipal – PPM 2012, pesquisa divulgada anualmente pelo IBGE. A PPM 2012 traz ainda informações sobre o efetivo de outros rebanhos, quantidade e valor dos produtos de origem animal, bem como número de vacas ordenhadas e de ovinos tosquiados para o Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e municípios produtores.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada pelo link http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/ppm/2012/default.shtm


Entre 2011 e 2012, houve queda em todos os rebanhos animais do país: -0,8% para os de grande porte, -3,2% para os de médio porte e -1,7% para os de pequeno porte. Dentre os primeiros, os rebanhos de asininos (asnos) e de muares (mulas e burros) foram os mais atingidos (-7,4% e -3,8%, respectivamente); o de bovinos, com 211.279.082 cabeças em 2012, registrou a menor queda (-0,7%). Quanto aos animais de médio porte, os maiores decréscimos ocorreram nos efetivos de caprinos (-7,9%) e ovinos (-5,0%), e o menor no de suínos (-1,3%). Entre os de pequeno porte, a maior redução foi a dos coelhos (-12,4%). Dentre todos os efetivos investigados, somente o de codornas aumentou (5,6%).

Os problemas climáticos tiveram parcela significativa de influência na redução da produção da pecuária, em especial pela seca que afetou o Norte e o Nordeste do país, regiões onde ocorreram algumas das principais variações negativas. Em alguns casos, como na produção de caprinos e ovinos, as reduções justificaram-se pelo desestímulo do produtor de continuar na atividade e pelos baixos rendimentos obtidos, o que provocou o envio precoce de animais para descarte.

Bovinos: rebanho só cresce no Norte do país

Segundo colocado no ranking mundial de rebanhos bovinos, atrás somente da Índia, e segundo também na produção de carne bovina (o primeiro lugar é dos Estados Unidos), o Brasil nos últimos cinco anos, em termos regionais, manteve efetivo crescente de bovinos somente na Região Norte, embora o ritmo de crescimento tenha se reduzido, sobretudo em 2011 e 2012.

Amapá (+12,0%) e Roraima (5,4%) tiveram as maiores variações relativas da região, apesar da pouca representatividade nacional. No Nordeste foi registrada a maior queda (-4,5%), principalmente em Pernambuco (-24,2%), Paraíba (-28,6%) e Rio Grande do Norte (-18,1%). Ceará (+3,8%), Maranhão (+3,1%) e Piauí (+0,1%) aumentaram seus efetivos. No Sudeste, a queda de 0,3% no rebanho bovino foi puxada pela redução de 2,4% do efetivo em São Paulo, em grande parte devido ao avanço da lavoura de cana-de-açúcar sobre as áreas de pastagens. No Sul, a redução foi de 1,3%. No Rio Grande do Sul, maior rebanho da região, a queda de 2,3% foi causada pela migração de atividade para a agricultura e a silvicultura, especialmente soja, além do descarte de animais devido à seca. No Centro-Oeste do país, o efetivo de bovinos diminuiu 0,4%, com variações negativas em Mato Grosso (-1,8%) e Mato Grosso do Sul (-0,3%) e positivas em Goiás (1,4%) e Distrito Federal (2,1%).

Em 2012, os maiores efetivos de bovinos foram os de Mato Grosso (13,6%), Minas Gerais (11,3%), Goiás (10,4%), Mato Grosso do Sul (10,2%) e Pará (8,8%). Com participações praticamente estáveis em relação a 2011, esses estados somavam 54,4% do efetivo nacional, em conjunto.


Em termos municipais, os números mais significativos estavam localizados em São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS), somando 2,4% de participação nacional. Dentre os 20 municípios com os maiores efetivos, seis estavam situados em Mato Grosso, seis em Mato Grosso do Sul, seis no Pará, um em Goiás e um em Rondônia.

Fonte: IBGE


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