O Brasil vai indagar a China, o Japão e a África do Sul na Organização Mundial do Comércio (OMC) para manter as barreiras comerciais à carne bovina brasileira devido a um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) detectado quase três anos atrás.

As queixas, apresentadas pelo Brasil, serão ouvidas na próxima semana pelo Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS), grupo que se reúne periodicamente para examinar se os padrões nacionais de segurança alimentar serve de pretexto ao protectionismo, relata o jornal Valor Econômico.
A China, o Japão e a África do Sul continuam a impôr barreiras à carne bovina brasileira, mesmo após a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ter mantido a melhor classificação possível da BBE àquele produto ou "risco insignificante" no início deste ano.

Outros mercados também suspenderam as importações de carne bovina brasileira após a identificação da EEB como agente causador da morte de uma vaca no final de 2010 no Estado do Paraná, uma notícia relatada em dezembro do ano passado.

O comitê científico da OIE já garantiu que esse caso isolado não coloca em risco a saúde animal, os consumidores no Brasil ou países beneficiários, porque nenhuma parte do animal entrou na cadeia alimentar.

Os países importadores devem retomar as compras de carne bovina brasileira "o mais breve possível", disse Bernard Vallet, diretor-geral da OIE, ao jornal.
A China, o Japão e a África do Sul "arrastam os pés", disse ele, o que complica a reputação dos exportadores brasileiros no exterior.
Fonte: Carnetec