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11/11/2013
Brucelose: Pecuarista de MT calcula prejuízo de R$ 20 mil com perdas de animais infectados


A contaminação de onze animais com brucelose gerou um prejuízo de mais de R$ 20 mil para o proprietário dos animais, em Mato Grosso. O pecuarista de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá, que preferiu não se identificar, conta que a perda na produção foi de 100 litros por dia. Para ele, os problemas foram maiores porque os resultados demoraram para sair e os órgãos competentes não tomaram as medidas emergenciais que o caso exige com celeridade.

De acordo com o produtor, os exames foram feitos em maio, no entanto, os resultados foram divulgados somente três meses depois. Neste período, outros nove animais e o pai do produtor foram contaminados com a doença. "Demoraram três meses para divulgar que dois animais estavam infectados. Fizemos o descarte dos animais, mas outros já haviam sido contaminados", lamenta.

Conforme ele, o pai, que também não quis se identificar, está fazendo tratamento de seis meses para a doença que foi diagnostica há dez dias. Os humanos podem contrair a brucelose se consumirem carne ou leite cru de animais contaminados, ou ainda se manusearem sangue, fetos e secreções das vacas que têm a doença. O pecuarista acredita que a contaminação aconteceu enquanto auxiliava o parto de um dos animais.

O caso está sendo acompanhado pela Secretaria de Saúde do município, porém, os pecuaristas reclamam da falta de acompanhamento do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e da Secretaria de Agricultura de Sorriso. "Além dos prejuízos com a perda do leite e das matrizes, temos que gastar R$ 1,5 a cada dois meses para refazer os exames nos animais", diz o produtor.

O secretário de Agricultura e Meio Ambiente do município, Afrânio Migliari, afirma que houve falhas no processo. Ele explica que uma a série de contratempos fizeram aumentar o número de animais infectados. "A unidade do Indea foi assaltada por duas vezes no mesmo mês. Com isso, a confirmação dos dois primeiros casos foi perdida, atrasando o abate dos animais".

Migliari diz que a propriedade onde os animais estavam foi interditada temporariamente. "Por seis meses o pecuarista está impedido de comercializar a carne e o leite in natura. Os produtos só podem ser vendidos para o processamento e industrialização".

Entenda - De acordo com informações do site do Indea, a brucelose é uma doença dos animais transmissível ao homem. A presença desta enfermidade leva a quebra na produção animal e torna o produto da pecuária vulnerável a barreiras sanitárias, diminuindo sua competitividade no comércio internacional.

Vacinação - O controle da brucelose nos animais é realizado por meio da vacinação. Os produtores devem vacinar bezerras bovinas e bubalinas com idades entre 3 e oito meses. Nas pequenas propriedades do estado, com até 40 cabeças, a vacinação é acompanhada pelos médicos veterinários oficiais do Indea.

O prazo para apresentação do atestado de vacinação termina no quinto dia útil subsequente ao final de cada etapa. Existem duas etapas de vacinação no ano, a primeira etapa começa em primeiro de janeiro e termina em 30 de junho; e a segunda etapa começa em primeiro de julho e termina em 31 de dezembro. A imunização do rebanho, normalmente, acontece paralela a campanha da aftosa, nos meses de maio e novembro.

Prejuízos econômicos causados ao produtor:

Aborto.
Morte de Bezerros recém nascidos.
Retenção de placenta.
Queda dos índices reprodutivos.
Descarte precoce de reprodutores.
Restrições comerciais.

Meios prováveis de contaminação humana:

Água contaminada;
Leite cru;
Queijos elaborados com leite não pasteurizado;
Carnes cruas ou mal cozidas;
Contato com restos de aborto e secreções de animais doentes.
Manuseio inadequado da vacina.
Manipulando carnes e vísceras contaminadas.

 

Fonte: Agrolink


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