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12/11/2013
Demanda por carnes deve se manter equilibrada em 2013


O setor de carnes de aves, suínos e bovinos acredita que o consumidor brasileiro deva manter neste fim de ano o mesmo nível de consumo de carnes que no fim do ano passado, segundo fontes de cada segmento consultadas pelo DCI. Com isso, a expectativa é que os preços não sofram grandes alterações na comparação com os preços do fim de 2012.

"A economia brasileira não apresentou crescimento muito animador no ano. Por isso, a demanda interna deve se manter nos valores do ano passado. Não vamos ver novidades nesse sentido", acredita Fernando Iglesias, analista da Safras e Mercados.

Principalmente para os setores de aves e suínos, que costumam ter uma demanda muito maior por causa das carnes de Natal, as expectativas não são mais animadoras do que no fim do ano passado, quando ambos os segmentos passavam por uma forte crise ocasionada pelo aumento dos custos de produção.

Preços

A União Brasileira da Avicultura (Ubabef), entidade que responde pela produção das principais aves de Natal, como peru, tender, chester, além de frango, acredita em um cenário de "estável para pequeno crescimento da demanda". "Notamos que a retração do consumo que havia sido detectada no meio do ano não é mais tão presente, seja porque o consumidor notou o controle da inflação, e a economia mais estável", afirmou o diretor de mercado da entidade, Ricardo Santim.

"Estamos em equilíbrio. Houve uma pequena diminuição de abates, por causa da menor disponibilidade de leitões. Isso está gerando um equilíbrio no fim do ano, mesmo com uma demanda maior. Vamos conseguir fornecer e ter um nível de preços adequado", avaliou Rui Vargas, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

O analista Fernando Iglesias observa que deve ocorrer um aumento "natural" dos preços de suínos e aves no fim do ano, mas acredita que o movimento dos preços de suínos deve ser mais forte, já que os abates mais ajustados desse tipo de carne que ocorreu ao longo do ano devem impactar mais na menor oferta para o mercado interno. Os preços, que já vinham marcando uma forte valorização, de uma média R$ 2,91 em maio para R$ 3,75 em setembro no mercado paulista, devem continuar a subir.

Para os preços de frango, ele estima que até dezembro pode haver uma recuperação das perdas de outubro, quando os preços do frango caíram do patamar de R$ 4 para R$ 3,50 no mercado paulista, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). "O último bimestre vai ser um ponto de consumo mais aquecido e há espaço para os preços voltarem a subir", sinalizou Iglesias. Ele ressaltou, porém, que a redução das exportações de frango manterá o mercado interno abastecido, apesar da redução da produção.

Nos dois segmentos, bloqueios internacionais foram responsáveis pela queda no volume de carne exportada, o que ocasionou uma sobra de produtos no mercado interno ao longo do ano. Até setembro, o volume embarcado de suínos acumulou queda de 9,09%, com 389 milhões de toneladas exportadas, ante 428 milhões de toneladas até o mesmo mês do ano passado. No caso dos frangos, os embarques caíram 2% na comparação anual, com 2,86 milhões de toneladas enviadas ao exterior.

Apesar disso, os dois segmentos também reduziram suas produções neste ano, reflexo da falta de investimentos por causa da crise setorial de 2012. Com isso, representantes de ambos os setores acreditam que a oferta estará ajustada à demanda esperada para o fim deste ano.

Carne bovina

Já a carne bovina, que pode substituir o consumo das carnes de ave e de suínos, enfrenta um cenário mais certo de alta de preços, já que o setor espera que as exportações continuem superando os níveis do ano passado. Segundo o diretor de mercado da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio, a estimativa é que o Brasil exporte 20% a mais de carne do que no ano passado. Em volume, isso significa cerca de 1,32 milhões de toneladas, ante 1,1 milhão de toneladas em 2012.

Ele ressaltou, porém, que o aumento das exportações não deve desabastecer o mercado interno. "Está havendo um ganho de produtividade na pecuária, e a produção está compensando tanto o aumento da demanda interna como da demanda externa. A produção é capaz de responder a esse aumento, por isso talvez a alta de preços seja minimizada pelo aumento da produção", explicou.

Já Iglesias ressalta que ainda haverá uma oferta mais ajustada com relação à demanda por causa do período da entressafra e da dependência de bois confinados, que se manteve no mesmo nível do ano passado, em torno das 4 milhões de cabeças, afirmou. "Como a carne bovina substitui frango e suíno, a formação de preço da carne bovina interfere nos outros. Se subir o preço do suíno e da ave, também sobe o do boi", disse o analista.

Fonte:ABIEC


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