Rendimento da carcaça de bovinos é tema de evento realizado em Cuiabá
Pensando em aumentar o rendimento da carcaça de bovinos (carne de consumo), pesquisadores, estudantes e profissionais se reuniram para debater as novas práticas de engorda para o rebanho de Mato Grosso.O workshop foi realizado nesta segunda-feira (11) na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Cuiabá. De acordo com o professor do núcleo da Ciência Básica e Produção Animal da Faculdade de Veterinária da UFMT, Daniel de Paula Souza, durante o evento foram abordados as novas operações de manejo nutricional que deixam os animais mais pesados. “As novas técnicas de manejo apresentadas para aumentar o peso dos bovinos, como o cromo, zinco, gordura protegida e aminoácidos, além de hormônios, são utilizadas por pecuaristas dos Estados Unidos. No entanto, algumas são proibidas no Brasil”, explicou Souza. O percentual médio de bovinos brasileiros aproveitados por frigoríficos, referente a criação em pasto, está entre 52% e 53% e, no confinamento, de 57%. Com o uso das técnicas, os bovinos dos Estados Unidos (USA) conseguem alcançar um percentual maior de aproveitamento. O veterinário da Associação de Criadores de Mato-grosso (Acrimat), Leandro Cazelli, afirma que a fase de maior cuidado com alimentação de bovinos é no período da cria. “Se o bezerro recebe uma boa alimentação da vaca, e continua recebendo uma nutrição adequada, as chances do animal oferecer um aproveitamento de carcaça, aumentam. Por isto, o criador deve se atentar a boa alimentação da matriz enquanto ela está alimentando a cria”. Segundo Cazelli, a grande diferença entre Brasil e USA é o confinamento. “No Brasil, o animal passa um tempo maior no pasto. Nos USA, logo depois recria (fase de desmama), o bovino segue para o confinamento. Por isto, ele fica pronto em aproximadamente dois anos e meio, mais que a metade da média brasileira, que é de quatro anos”. O veterinário alerta que deve haver uma preocupação com a saúde do animal e da carne. “O sistema de confinamento apresenta um risco maior do aparecimento de doenças como a tuberculose. Além disso, os animais que recebem hormônios oferecem riscos de contaminação aos seres humanos”. No Brasil é proibido o uso de hormônios em bovinos. Fonte: G1 AgroDebate
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