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19/11/2013
Brasil pode perder mercado russo pelo uso da ractopamina na engorda de bovinos


O Brasil está correndo um risco elevado de perder o seu mais importante mercado de carne bovina porque o uso da ractopamina se intensificou nos últimos anos no processo de engorda dos animais. O Serviço Veterinário da Rússia (Rosselkhoznadzor), país que atualmente é o segundo maior importador do produto brasileiro – só perde para a China, através de Hong Kong, e que já vem proibindo a aquisição de carne bovina de frigoríficos que fornecem o produto com sinais do anabolizante que permite ganhos de até 20 quilos por animal durante a engorda e que é amplamente utilizado, até por desconhecimento, pelos pecuaristas brasileiros.

“A ABRAFRIGO tem feito campanhas de esclarecimento sobre o uso de anabolizantes e os prejuízos que eles podem trazer para as exportações do país, mas a ampla maioria dos criadores desconhece este risco. No Brasil, por sinal, existe uma legislação que proíbe a comercialização de produtos à base de ractopamina, mas não há fiscalização efetiva do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA)”, alerta o Presidente Executivo da entidade, Péricles Salazar. De fato, desde novembro de 2012 o MAPA suspendeu a importação e comercialização no Brasil dos anabolizantes da marca Optaflexx, fabricado pela Eli Lilly do Brasil, e Zilmax, da Intervet do Brasil Veterinária, mas, na prática, isso não reduziu a utilização dos anabolizantes. A importação, produção, comercialização e o uso de anabolizantes hormonais para fins de crescimento e ganhos de peso em bovinos de abate são proibidos através da Instrução Normativa nº 55 de 1º de Dezembro de 2011. “Para evitar o risco de comprometermos nossas vendas para a Rússia precisamos de ampla campanha de esclarecimento e uma ação mais efetiva de fiscalização por parte do MAPA e dos órgãos estaduais de fiscalização, uma vez que as restrições russas vão se acentuar daqui para frente”, alerta Péricles Salazar.

Os frigoríficos exportadores filiados da ABRAFRIGO têm tomado todas as precauções possíveis, incluindo a adoção de análises laboratoriais internas, mas mesmo assim a preocupação é muito grande porque a fiscalização oficial contra o uso da ractopamina no campo é incipiente. É urgente que as autoridades sanitárias do setor público brasileiro compreendam definitivamente a extensão deste problema e de imediato iniciem ações que visem eliminar a ractopamina na alimentação do gado bovino nacional.

Fonte: Suinocultura Industrial


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