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03/12/2013
Mercado externo é mais promissor para a carne que o mercado interno


A maior parte dos elos da cadeia da carne bovina avalia que a demanda externa deve ser mais dinâmica que a demanda interna nos próximos anos. Para analistas, o Brasil deve galgar posições como fornecedor mundial de carne com a recuperação das principais economias mundiais já no próximo ano, com a abertura de novos mercados e com a quebra de produção de países concorrentes, além da previsão de um dólar ao menos no mesmo patamar que o atual.

Para 2014, a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec) calcula que as exportações renderão receita de US$ 8 bilhões, uma alta de 20% na comparação com este ano e que deve ser acompanhado pelo volume embarcado de carne. No início do ano, a entidade estimava que o País exportaria até dezembro o equivalente a US$ 6 bilhões. A meta foi alcançada já na última quinta-feira, 28, com um mês de antecedência. Até 31 de dezembro, as receitas com exportação devem alcançar US$ 6,5 bilhões, afirmou Jorge Camardelli, presidente da Abiec.

Após a Rússia retirar as barreiras fitossanitárias para a compra de carne bovina de plantas do País em novembro, o próximo mercado a abrir as portas para o produto brasileiro deve ser a China. Uma missão chinesa visitará frigoríficos, o que, segundo Camardelli, deve resultar em compras diretas já no início do próximo ano. Atualmente, a carne brasileira entra em território chinês através de Hong Kong, maior consumidor de bovinos do Brasil.

Outras duas grandes promessas estão no Oriente Médio. Uma é o Irã, que agora tem a permissão para aumentar seus negócios exteriores após o acordo nuclear com os EUA. Em outubro, o país pagou R$ 10 mil pela carne brasileira, e em novembro o montante deve dobrar. O presidente da Abiec observa que a retomada do fornecimento de carne para o mercado iraniano será gradual devido ao processo de reabertura do país, mas Camardelli afirma que o Brasil já está pronto para fornecer carne para o país, com 25 frigoríficos habilitados para exportar ao Irã. Até dezembro de 2014, os compradores iranianos devem comprar até US$ 800 milhões, estima.

A Arábia Saudita é a segunda promessa do Oriente Médio, que deve abrir as portas para a carne brasileira já em janeiro do próximo ano, atesta o presidente da Abiec. Com o mercado saudita, outros países como Catar e Kuwait podem começar a negociar com os frigoríficos brasileiros. Apesar dos novos mercados e de um dólar favorável para as exportações, Camardelli estima que as exportações devem se manter entre os 18% a 20% de consumo de toda a produção nacional. Para Fabiano Rosa, gerente da área de mercado da Minerva Foods, o mercado nacional deve continuar aquecido em 2014 por causa da Copa do Mundo, com a demanda adicional por parte de turistas, e das eleições.

O problema pode vir em 2015, quando o governo eleito será pressionado a fazer ajustes econômicos que podem impactar no nível de renda e de consumo do brasileiro. A incerteza é a carne será afetada por uma eventual retração de consumo. Segundo Sergio De Zen, analista de bovinos do Centro de Pesquisas de Economia Aplicada (Cepea), o consumidor que passou a comer carne não deve abandonar o hábito caso os preços subam muito, ou seja, a demanda é cada vez menos elástica. Porém, Fabiano Rossa diz que a carne bovina pode passar a concorrer mais fortemente com outras carnes, como a de aves ou de suínos.

Estabilização da oferta

Ao longo deste ano, tanto a demanda interna como a externa se mantiveram aquecidas para a carne bovina, e os frigoríficos investiram no aumento de produção. Ao menos seis plantas que estavam inativas voltaram a produzir, e os abates devem fechar o ano em quase 17 milhões de cabeças - cerca de 2 milhões a mais do que em 2012, segundo estimativas da Scot Consultoria.

Fonte: Porkworld


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