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17/03/2014
Mercado de carne premium cresce no Brasil


Cuidado pré-confinamento faz uma grande diferença na terminação da carne diferenciada

O mercado de carne premium vem crescendo no Brasil nos últimos anos para atender aos consumidores que estão cada vez mais exigentes. Para abastecer esse setor, os pecuaristas precisam investir em alimentação diferenciada para que a carne seja realmente especial.

Na fazenda Santa Fé, localizada no município de Santa Helena de Goiás (GO), é bonito ver o vermelho da pelagem dos garrotes da raça bonsmara em contraste com o verde do tífton. Esse capricho todo tem um motivo econômico muito forte: a produção de uma carne que promete ser especial. Produto pelo qual os consumidores, segundo um estudo feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, estão dispostos a pagar de 20% a 70% a mais em comparação às outras carnes.

Os animais chegam na fazenda logo após a desmama, com aproximadamente oito meses de idade. Toda a recria é feita no pasto com capim de qualidade e suplementação energética. Esse cuidado pré-confinamento faz uma grande diferença na terminação da carne diferenciada.

Os bezerros são comprados em propriedades parceiras, acompanhadas pela fazenda Santa Fé. Ficam na recria por uns 10 meses e todos os machos são castrados.

– O tífton tem uma fonte melhor de proteína. E como esses animais são exigidos o quanto antes começarem a tratar, quando chegarem no confinamento vão ter um desempenho melhor – explica o engenheiro agrícola Adalberto Viana da Silva.

Os garrotes entram no confinamento com 12 arrobas em média e 18 meses de idade. Juntos com outro lote de animais da raça angus, também recriados na fazenda. O período de terminação é maior que o dos outros bois. Eles ficam cerca de 120 dias nos currais de engorda. Tempo necessário para que aconteça a deposição de gordura e o marmoreio da carne, principalmente no contra-filé. E não é só isso. A alimentação do lote também é diferenciada. Tem um teor maior de energia se comparada a dos outros animais.

– A fonte energética é o sorgo e chega a 10% mais de sorgo disponibilizado para os animais, que vão ter melhor acabamento de carcaça, maior espessura e sabor – relata o gerente de produção, Leandro Del Acqua.

O abate é terceirizado e a carne desses animais vai para uma loja na cidade de São Paulo, onde o quilo do produto é vendido, em média, por 30% a mais que o quilo da carne comum.

– É uma carne nobre, com sabor diferenciado, é um mercado promissor – declara Del Acqua.


Fonte: Beef World


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