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18/03/2014
Angus preto vende mais sêmen que Nelore no Brasil em 2013


Os dados do fechamento de 2013 da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA) são surpreendentes e históricos, pois a raça Angus volta a vender mais doses de sêmen no Brasil do que a raça Nelore e demais raças zebuínas. Em 2013, a raça Angus (somando variedades preta e vermelha) vendeu 42,8% de todas as doses de raças de corte, na sequência a raça Nelore participou com 35,6% do mercado. O número de doses vendidas pela Angus somou 3,39 milhões de unidades e o Nelore com 2,81 milhões de doses. A variedade preta da raça Angus comercializou sozinha mais doses que a raça Nelore e alcançou a marca histórica de 2,94 milhões de doses.

Em 2013 o mercado de gado de corte no país comercializou 7,9 milhões de doses de sêmen e o crescimento foi de 6,12% em relação a 2012. Esta taxa de crescimento pode ser considerada pequena se comparada ao período de 2009 a 2011, onde a inseminação crescia em taxas superiores a 20%. No último ano, a raça Nelore teve redução em vendas de -8,0%, o Angus (preto) crescimento de 25,6% e o Red Angus redução de 15,8%.

ASBIA

Em relação às diferenças de evolução do mercado das variedades da raça Angus podem ser discutidas algumas questões. O Angus preto é predominante no mundo e sua população é muito maior do que a de animais vermelhos. Esta situação é simples de entender, pois a característica “pelagem preta” tem gene dominante. O Brasil viveu uma fase (final dos 90 e início dos 2000) de preferência por animais vermelhos, porém a prática, experiência obtida e os dados de campo direcionaram os produtores ao maior uso de animais pretos, conforme ocorre na grande maioria dos países onde a raça tem expressão. O receio da menor tolerância ao calor dos animais pretos comparativamente aos vermelhos foi um fato que no passado teve importância e hoje parece estar superado.

O crescimento da venda de sêmen de Angus no Brasil nos permite pensar em diversas questões da pecuária brasileira relacionadas ao cruzamento industrial: o aumento de uso de tecnologia, a busca por mais produtividade dos rebanhos, a maior popularização dos confinamentos e sistemas intensivos de engorda, a especialização de alguns pecuaristas para o mercado de carne de qualidade, o crescimento dos programas de carne de qualidade, etc. A Inseminação Artificial à Tempo Fixo (IATF) é uma das principais responsáveis pelo crescimento do uso do cruzamento no Brasil, pois a técnica popularizou e ampliou o volume de fêmeas prenhes via inseminação artificial.

A polarização da genética usada no Brasil em Nelore e Angus é um fato que se consolida a cada ano. O relatório da ASBIA mostra que em 2013 todas as demais raças somadas (zebuínas e europeias) representam menos de 20% do mercado de inseminação no país.

As informações usadas neste texto foram obtidas através do Informativo ABS News (edição Março/2013) e da prévia do Relatório ASBIA 2013. Confira a edição do ABS News e matéria sobre o mercado de IA em http://www.abspecplan.com.br/popups.php?ver_divulgacao,300

FONTE: Beef Point


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