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20/03/2014
Qual é o PIB da sua fazenda?


De forma geral, o setor produtivo está insatisfeito com o crescimento do Brasil. O PIB de 2013 registrou 2,3%, o que limita os avanços do país em industrialização, infraestrutura e logística. Mas a pergunta sobre o PIB foi feita de uma forma mais específica na apresentação do médico veterinário e produtor rural Luiz Carlos Meister
 “Vocês costumam reclamar do PIB do Brasil, mas qual é o PIB da sua fazenda?”, questionou Meister, que é pecuarista na região da baixada cuiabana, no Mato Grosso.

Quando começou a gerir a fazenda Kamayura, no município de Acorizal, em 1988, Meister revela que sua primeira decisão foi iniciar registros em um livro-caixa. As mudanças seguintes passaram pelo foco na fertilidade das matrizes do plantel e aumento da taxa de desmame através de delimitação da estação de monta em 90 dias, inseminação artificial e suplementação para categorias mais críticas da fazenda, como as primíparas e bezerras em desmama. "Focamos no aumento da taxa de fertilidade e, só com isto, já aumentamos o PIB dentro da nossa porteira", aprova o pecuarista.

Os resultados verificados após as melhorias vieram ao longo dos anos. A taxa de concepção da estação de monta 2012/13 foi de 88,03% e a concepção das primíparas, que nos piores anos marcaram 40%, já atinge 78%. “A fazenda acompanhou o movimento do mercado. De 2002 a 2007, tínhamos anos de preço baixo da arroba, então sobrevivíamos da criatividade. De 2007 a 2009, foi uma era de intensificação da engorda a pasto através de suplementação e valorização da arroba. De 2010 para cá, vivemos no período do foco no ciclo completo, de olho na cria”, simplifica Meister.

Mão de obra

Após a apresentação do produtor Luiz Carlos Meister, o consultor Antônio Chaker, da Terra Desenvolvimento, discorreu sobre “Mão de obra ou recursos humanos?”, tido hoje como um dos principais gargalos da pecuária de corte, sobretudo na cria. Os clientes da consultoria costumam investir entre 17% e 26% em mão de obra, revela, enquanto os outros setores da economia, indústria e serviços, desprendem investimentos nas faixas de 30% e 40%, por exemplo. “Mas isso não quer dizer que você tem aumentar essa porcentagem. Às vezes, investindo em recursos humanos você aumenta sua produção e a participação da mão de obra no todo até diminui”, pondera.

Além da dificuldade de encontrar bons funcionários, a retenção dos talentos é outro desafio. “85% dos funcionários deixam os chefes, não as empresas em si”, acrescenta Chaker. Reter os melhores profissionais requer, segundo o consultor:

- Definir metas;
- Estabelecer um organograma (funcionograma);
- Acabar com o paternalismo;
- Padronizar procedimentos operacionais;
- Investir sempre em capacitação;
- Medir os resultados;
- Premiar de maneira justa os responsáveis.

Quanto ao comportamento do líder, no caso o próprio pecuarista, o consultor recomenda:

- Determinar um objetivo e assumir as responsabilidades por ele;
- Focar mais em “o que” do que no “como”;
- Criar uma causa, como incentivo ao manejo racional, para os colaboradores e mobilizá-los, motivá-los em sintonia com esta causa;
- Expressar comprometimento;
- Estabelecer regras de execução, monitorar sistematicamente os resultados e repassar feedbacks.


Fonte: Rural Centro


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