Rússia precisa de mais carnes, mas pode impor restrições ao Brasil
Informações discordantes vieram de autoridades russas nos últimos dias sobre a forma como o país poderá importar mais carnes de alguns mercados, incluindo o Brasil, para compensar para a redução das exportações de três principais fornecedores. Informações discordantes vieram de autoridades russas nos últimos dias sobre a forma como o país poderá importar mais carnes de alguns mercados, incluindo o Brasil, para compensar para a redução das exportações de três principais fornecedores. A Rússia poderá permitir importações de carne bovina brasileira, carne suína da China e de búfalo da Índia para atender à demanda do mercado, por conta de uma queda nas vendas dos Estados Unidos, União Europeia e Austrália, informou o serviço veterinário e fitossanitário do país (o Rosselkhoznadzor) à Reuters. O movimento ocorre em meio ao acirramento da crise sobre a região da Crimeia. Uma decisão deve ser tomada nas próximas semanas, disse o porta-voz do órgão, Alexei Alekseenko. Mais cedo este mês, a Rússia aliviou um embargo a importações de carne dos EUA para permitir compras de carne suína produzida em duas unidades da Smithfield Foods, que foi comprada recentemente pela chinesa Shuanghui. A aprovação baseia-se na inspeção da carne suína para a beta-agonista ractopamina. A Rússia suspendeu a maior parte das importações de carnes dos EUA no começo do ano por preocupações com o uso do aditivo alimentar ractopamina. Os russos também deverão aumentar as importações de carnes do Brasil, acrescentou Alekseenko. Porém, o Rosselkhoznadzor poderá impor restrições temporárias ao número de empresas brasileiras que fornecem carne suína ao país. “As futuras restrições se devem à presença de ractopamina na produção”, disse o diretor do órgão federal, Serguêi Dankvert, em reunião com representantes do mercado na semana passada, de acordo com a Gazeta Russa. Das 22 empresas brasileiras credenciadas para o fornecimento de carne suína à Rússia, sete possuem autorização no momento. Outros frigoríficos brasileiros entraram recentemente com pedidos de exportação para a Rússia, mas parece que a agência russa vai inspecionar novas plantas brasileiras antes de aprovar quaisquer delas para exportação neste ano. O diretor técnico do Instituto Catarinense de Defesa Agropecuária (Icasa), médico-veterinário Gerson Catalan, disse em outubro para a CarneTec que a ractopamina é utilizada pelos países mais avançados e não representa qualquer perigo ao consumidor. Fonte: Carnetec
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