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27/03/2014
Abate humanitário não aumenta custo de produção e pode dar mais qualidade a carne


Segundo especialista, conhecendo o animal, o comportamento dele, facilita não só o bem estar, mas a vida do trabalhador e a qualidade do produto final

O abate humanitário foi tema de curso realizado pelo Ministério da Agricultura para técnicos de órgãos governamentais que são responsáveis pela fiscalização do processo nas indústrias. A atualização da legislação brasileira que trata do assunto também foi discutida. O texto está em fase final de análise no departamento de inspeção de produtos de origem animal da pasta.

Para evitar o estresse e o sofrimento na hora do abate, as indústrias devem seguir a Instrução Normativa (IN) 3, que existe desde o ano 2000 e está sendo atualizada. O texto já passou por consulta pública e está sendo finalizado no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura. As mudanças são baseadas nas novas diretrizes da organização mundial de saúde animal.

– A nossa Instrução Normativa obriga que o animal seja abatido pela sangria. Temos vários estudos demonstrando que não interfere na qualidade. Então, o animal pode ter uma morte imediata por meio da dessensibilização – diz a representante da Comissão de Bem-Estar Animal do Ministério da Agricultura, Lizie Pereira Buss.

A atualização da IN 3 também traz a obrigatoriedade do estabelecimento ter um responsável pelo bem estar animal. Para especialistas, as alterações não aumentam os custos de produção.

– O custo de produção não aumenta nada ou praticamente nada. 70 a 80% das mudanças e melhorias de bem estar animal estão relacionadas às mudanças operacionais. Uma mudança de comportamento e atitude frente a essa interação com o animal. Conhecendo o animal, o comportamento dele, facilita não só o bem estar, mas a vida do trabalhador e a qualidade do produto final. O custo não há e quando há, o retorno financeiro disso acaba compensando completamente – salienta o gerente do programa abate humanitário da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), José Rodolfo Ciocca.

– A questão do bem estar no frigorífico está ligada na qualidade do produto final e a questão das perdas por hematomas, fraturas, descartes de uma forma geral. Quem ainda não adota as boas práticas é porque não identifica o quanto perde hoje – afirma Lizie.

A regulamentação do transporte rodoviário de animais é outro tema que preocupa e está sendo discutida por diversas entidades do setor, como Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Ministério da Agricultura e Sociedade Mundial de Proteção Animal.

– Uma boa interação nesse momento vai ter menos eventos agressivos para o animal, trabalho mais fácil para pessoa. Usar métodos de manejos vai fazer com que seja menos estressante para o animal, para a pessoa, o que reflete numa melhor qualidade da carne lá na frente – conclui a zootecnista da WSPA, Paola Rueda.

Fonte: Rural BR


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