A União Europeia é responsável por aproximadamente 13% do consumo mundial de carne bovina e deve importar 8% do consumo interno de carne bovina até 2020. No entanto, para tirar maior proveito deste importante mercado, os produtores e exportadores brasileiros devem levar em consideração, inclusive, as preferências destes consumidores. A UE tem, continuamente, criado regras sobre etiquetagem de alimentos com vistas a fornecer informações relevantes aos referidos consumidores. A principal legislação da UE em vigor sobre a etiquetagem de alimentos pré-embalados é a Diretiva 2000/13/CE, relativa à etiquetagem, apresentação e publicidade de gêneros alimentícios.

A Direção-Geral da Saúde e Consumidores da Comissão Europeia (DG SANCO) informou recentemente que os consumidores da UE levam em consideração: qualidade, saúde, segurança, origem, preço, data de validade, sustentabilidade e bem-estar animal. Sendo que priorizam a data de validade, origem e o preço na hora da compra de carne bovina. No que se refere à “validade”, 68% dos entrevistados em toda a UE afirmaram ler a data mencionada na etiqueta, embora apenas 38% se interessam pela data em carne não pré-embalada.

O segundo maior mercado do mundo é conhecido por ser exigente, atento e que [alguns] estão dispostos a pagar mais para ter carne de qualidade dos entrevistados em toda a UE afirmaram ler a data mencionada na etiqueta, embora apenas 38% se interessam pela data em carne não pré-embalada. Vale salientar que os consumidores comunitários não entendem corretamente o significado do termo ”best before” da etiqueta. Parte dos entrevistados afirmou que uma vez expirada a data de validade, o produto não era mais seguro para consumo. No entanto, na realidade, o termo ”best before” significa simplesmente que a carne pode perder algumas de suas qualidades, mas que ainda pode ser consumida desde que tenha sido devidamente armazenada.

Na UE, 48% dos entrevistados declararam ser necessário constar na etiqueta o “país de origem”. A etiqueta comunitária para carne bovina inclui local de nascimento, criação e abate. Com relação aos preços, 67% dos consumidores colocam o preço como um dos fatores mais importante na decisão de compra de carne assim como aparência, sabor e higiene. A este propósito, no que se refere à carne orgânica, 57% dos consumidores interessados no produto não têm os meios econômicos para comprá-lo em função do preço que é mais alto em relação ao produto não orgânico. Este é também o caso de 39% dos consumidores interessados em comprar carne de origem certificada e 37% conforme as regras do bem-estar animal. Vale registrar que 80% dos consumidores da UE estão insatisfeitos com o preço alto da carne em seus países embora nos de renda mais elevada os consumidores estão dispostos a pagar mais por carne que tenha características que atendam as suas preferências.

Fonte: Redação BeefWorld