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06/05/2014
Uruguai negocia exportar carne em troca de petróleo


O governo do Uruguai negocia com os governos do Irã, da Rússia e da China a venda de carne bovina em troca de outros produtos, como o petróleo. Segundo o presidente do Instituto Nacional de Carnes (INAC), Luis Fratti, a ideia é ajudar o setor criador e as primeiras operações poderiam ser realizadas antes do inverno.

O presidente do Uruguai, José Mujica, disse que com essa iniciativa se busca ter uma saída a mais para a comercialização de carne e, sobretudo, para elevar os abates e os preços no mercado local de animais, especialmente na categoria de vacas. Essa última, embora tenha tido uma recuperação, ultimamente estava muito em baixa, tanto em vendas, como em preços. Mujica não deu outros detalhes.

No entanto, Fratti disse que o que se está fazendo são explorações, tanto através das embaixadas uruguaias nos diferentes países, como por parte da Chancelaria, para saber quais são as possibilidades reais de trocar carne por outros produtos, especialmente petróleo. Além do mais, a princípio, pensava-se que as negociações iam demorar, mas Fratti está surpreso com a velocidade com que se está trabalhando nas diferentes partes.

“A este ritmo, é muito provável que os primeiros negócios se concretizem antes do próximo inverno. Estamos buscando o nicho, tanto quanto ao destino, como ao produto, e as negociações vão bem encaminhadas, embora as negociações não sejam fáceis”, disse Fratti.

Não se descarta também que possam existir outros destinos, já que as embaixadas nos diferentes países estão instruídas a fazer tudo o que podem para encontrar negócios interessantes nesse aspecto. Assim, Fratti ressaltou que os volumes ainda não estão definidos, mas que buscará que incluam cortes provenientes de vacas, já que crê que isso é fundamental para agilizar o mercado local em geral e o dessa categoria em particular.

“O mais importante é solucionar a preocupação que temos para que não se ponha uma tampa na produção pecuária no país, para que o valor dos animais não fique em baixos níveis e que as categorias como as vacas possam ter uma importante porta de saída”.

O vice-presidente do INAC, Fernando Pézes Abella, também informou que o mecanismo seria o de, após realizar o acordo entre países, seria feito um chamado para que as empresas locais interessadas, nesse caso, os frigoríficos, apresentem-se. O Banco República lhes abonaria o dinheiro e a carne seria enviada em troca para que os produtores recebam antecipadamente.

Assim, a troca de carne por outros produtos foi uma das possibilidades levantadas pelo INAC ao presidente Mujica semanas atrás. O presidente teria comunicado ao INAC sua preocupação com o assunto e pediu assessoria para buscar alternativas à falta de colocação e baixos preços no mercado de animais.

O presidente da Associação Rural do Uruguai (ARU), Ruben Echeverría, disse que vê como muito positiva essa iniciativa do Poder Executivo. “Na reunião que tivemos semanas atrás com o presidente Mujica, esse nos informou que estavam trabalhando para buscar mecanismos que facilitariam agilizar o mercado de animais, sobretudo o de vacas e que a forma podia ser por meio da exportação de cortes ou de bovinos vivos. Além do mais, esse tipo de ação é essencial no contexto onde, embora o Uruguai tenha grande quantidade de mercados abertos para exportar carne, é necessário fortalecer os setores como o criador, que é o mais fraco da cadeia”, salientou Echeverría.

FONTE: Beef World


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