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16/06/2014
Confira avaliação do Global Meat News sobre a indústria de carnes do Brasil


Com milhares de fãs do futebol se preparando para se voltar ao Brasil para a Copa do Mundo de Futebol 2014, o Global Meat News considerou oportuno avaliar como a indústria de carnes do Brasil está em comparação com seus rivais.

De acordo com os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em 2012 o Brasil foi o segundo maior produtor de carne bovina, terceiro maior produtor de carne de frango e de peru e o quinto maior produtor de carne suína. Em termos de comércio global de carnes, trata-se de um jogador-chave. O país produziu aproximadamente 9,3 milhões de toneladas de carne  bovina, 3,4 milhões de toneladas de carne suína, 11,5 milhões de toneladas de carne de frango, 510.000 toneladas de carne de peru e 85.005 toneladas de carne ovina.

O último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) chamado “Mercados Mundiais e Comércio de Pecuária e de Frango, publicado em abril de 2014, afirmou que, em termos de produção mundial de carne bovina, os maiores abates levaram a um aumento da previsão de produção brasileira de carne bovina em 20.000 toneladas desde seu relatório de novembro de 2013, para 9,920 milhões de toneladas. O relatório diz que, apesar das escassas ofertas globalmente, o comércio de carne bovina e de vitelo continuaram aumentando, com uma previsão mais favorável de demanda para uma ampla gama de países, incluindo China, Arábia Saudita e União Europeia (UE), o que poderia estimular maiores envios do Brasil e da Índia.

Apesar de não poder exportar para a China, as previsões de exportações de carne bovina e de vitelo do Brasil foi revisada para cima em 90.000 toneladas, para mais de 2 milhões de toneladas. O USDA também disse que o Brasil tem capacidade de fazer entradas adicionais e substanciais em mercados como Venezuela, Chile e Irã, devido a seus preços competitivos. Por exemplo, as importações da UE de carne brasileira aceleraram recentemente devido, em parte, à desvalorização do Real com relação ao Euro.

Ao mesmo tempo, a demanda doméstica e estrangeira menor do que o esperado pressionou a previsão de produção de carne de frango para baixo em 342.000 toneladas, para 12,7 milhões de toneladas. “O consumo doméstico está sendo prejudicado pelas incertezas econômicas, aumento da inflação e maior competição com a carne bovina e suína”, disse o relatório. Ao mesmo tempo, a previsão para as exportações de carne de frango do país também foi reduzida em 25.000 toneladas, para 3,6 milhões de toneladas, com a demanda menor que o esperado da África Subsaariana e uma maior competição no Oriente Médio.

Influências de mercado

O custo da carne bovina brasileira foi direcionado para cima no começo desse ano, devido ao clima excepcionalmente quente e o menor nível de chuvas para duas décadas, resultando em uma queda nas ofertas de bovinos. Entretanto, um porta-voz do Ministério da Agricultura no Brasil disse que nenhuma ação específica foi necessária pelo governo e que existem políticas de investimentos de longo prazo em prática “para o rebanho de cria, renovação de pastagens degradadas e bem-estar animal, voltadas a aumentar a produtividade média e a rentabilidade do rebanho doméstico”.

Mudanças

Em março, os membros da União Brasileira de Avicultura (UBABEF) e a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS) se uniram, tornando-se a Associação brasileira de Proteína Animal (ABPA). A associação recentemente unida deverá impulsionar o número de seus membros, bem como construir uma organização que ofereça uma representação ainda maior e com um papel político e social mais amplo do que das organizações anteriores.

Exportações

Embora os dados da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura coloquem as previsões para consumo doméstico em 50% do total produzido até 2019/20, o Brasil deverá aumentar seus mercados de exportação. O Brasil está esperançoso que a China abrirá seu mercado para a carne bovina brasileira em um futuro próximo, enquanto cinco plantas de carne de frango receberam permissão para exportar seus produtos à China em março desse ano, somando-se a 24 locais já aprovados. O país também espera expandir suas exportações ao México, após uma visita de oficiais de saúde mexicanos no mês passado.

Entretanto, o governo da Nicarágua recentemente levantou medos de que a reabertura planejada do mercado dos Estados Unidos à carne brasileira poderia gerar um risco de disseminação da febre aftosa para a América do Norte e Central. Durante a reunião do Comitê Sanitário e Fitossanitário da Ogranizacao Mundial do Comércio (OMC), em Genebra em março, os representantes falaram contra os planos, mas o Brasil se defendeu, dizendo que exporta carne bovina e produtos derivados para mais de 100 países e que era um “fornecedor valioso e confiável”. Dados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) mostram que o Brasil não reportou um foco de aftosa desde 2006, apesar de a vacinação ainda ser feita e o país ainda precisar ser declarado como livre da doença.

Carne bovina e de vitelo:

Produção: 9,920  milhões de toneladas

Consumo doméstico total: 7,925 milhões de toneladas

Exportações totais: 2,030 milhões de toneladas

Carne suína:

Produção: 3,4  milhões de toneladas

Consumo doméstico total: 2,727 milhões de toneladas

Exportações totais: 675.000 toneladas

Carne de frango:

Produção: 12,678  milhões de toneladas

Consumo doméstico total: 9,081 milhões de toneladas

Exportações totais: 3,6 milhões de toneladas

Carne de peru:

Produção: 535.000 toneladas

Consumo doméstico total: 355.000 toneladas

Exportações totais: 180.000 toneladas

FONTE: Beef Point


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