Área plantada com milho nessa safrinha no Paraná caiu 12% em relação à 2013, mas a produção deve ser apenas 3% menor. É que as lavouras estão rendendo muito bem.
A previsão é que a maioria dos agricultores do Paraná guarde boa parte do milho para vender quando o preço melhorar. Essa decisão está criando um problema para as cooperativas do estado: onde guardar os grãos.
Juntando as safras de inverno e verão, o Paraná colhe por ano 36 milhões de toneladas de grãos. Tem capacidade para armazenar pouco menos de 28 milhões de toneladas. Na Cocamar, uma das principais cooperativas do Paraná, quase metade dos armazéns já está ocupada com soja e milho de safras passadas. Agora, a corrida é contra o tempo para conseguir espaço para guardar o milho safrinha.
O presidente da Cocamar, José Fernandes, explica que a solução foi investir em mais unidades de armazenamento. Em Ivatuba foram construídos dois novos silos com capacidade para receber 12 mil toneladas de grãos. Em outra unidade, no município de Floresta, o armazém foi ampliado e o maquinário para receber, secar e beneficiar os grãos passa por uma grande modernização. Até o final de 2014, a Cocamar vai gastar R$ 200 milhões para melhorar a estrutura de armazenamento.
Segundo a Ocepar, Organização das Cooperativas do Paraná, em todo estado empresas privadas e cooperativas devem investir cerca de R$ 1 bilhão e 200 mil para aumentar a capacidade de armazenamento.

Fonte: Globo Rural