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11/08/2014
Rússia confirma que compensará embargo com carnes brasileiras


O governo russo confirmou nesta quinta-feira (7) que a importação de carne brasileira vai compensar o embargo recém-anunciado a alimentos da União Europeia e dos Estados Unidos.

Segundo o ministro da Agricultura da Rússia, Nikolai Fyodorov, os negócios com o Brasil nesse sentido até já começaram.

"Em geral, é um pequeno volume e não haverá escassez, porque o Brasil já começou a fornecer os seus produtos", disse o ministro.

Ele tentou minimizar o impacto interno das sanções que o seu governo impôs a potências ocidentais. Disse que a Rússia importa 59 mil toneladas por ano de carne bovina desses países, sendo que o consumo local é de 3,4 milhões de toneladas anuais.

As medidas atingiriam ainda 338 mil toneladas de carnes de aves. Nesse caso, o Brasil pode faturar na venda de carne de frango, aumentando as exportações para a Rússia das atuais 60 mil toneladas por ano em, pelo menos, mais 150 mil toneladas.

Esse volume poderá adicionar cerca de US$ 300 milhões à receita da balança comercial brasileira.

O governo brasileiro comemorou o cenário. "Do mesmo jeito que aconteceu no processo de revolução na cadeia de grãos dez ou 12 anos atrás, talvez a gente esteja vendo uma grande janela para causar uma revolução na produção de carnes brasileira", disse o secretário de Política Agrícola, Seneri Paludo.

As medidas do governo russo, anunciadas na quarta (6), fazem parte de um pacote de retaliação às sanções impostas na semana passada pela União Europeia e pelos Estados Unidos contra Moscou, por causa do seu apoio ao grupo separatista no leste da Ucrânia, região de conflito há mais de quatro meses.

As potências ocidentais aplicaram medidas com foco nas áreas de defesa, tecnologia e finanças.

Alvos

O revide do presidente russo, Vladimir Putin, atinge, além da UE e dos Estados Unidos, o Canadá, a Austrália e a Noruega.

As sanções abrangem, entre outros produtos, carnes suína, bovina e de frango, além de peixe, vegetais, frutas, leite e seus derivados.

Em um comunicado, a União Europeia lamentou as restrições e disse que quer avaliar o alcance delas antes de prever seu impacto. "É um anúncio claramente com motivação política", disse.

A retaliação russa também deve afetar o mercado aéreo. Empresas ucranianas estão proibidas de viajar pelo país. O primeiro-ministro, Dmitry Medvedev, disse ainda que está avaliando também banir companhias aéreas americanas e europeias.

A tensão na região começou no começo deste ano, após a queda do então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, aliado de Putin.

A reação russa foi anexar à força em março a península da Crimeia, território ligado oficialmente a Kiev. Logo depois, grupos separatistas pró-Rússia passaram a agir no leste da Ucrânia, gerando um ambiente de conflito militar e tensão política.

Fonte: Folha de S. Paulo


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