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22/08/2014
Especialista recomenda atenção às clostridioses


Estimativa da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) aponta para um crescimento de 13% deste sistema de produção de gado no País em 2014. São mais de 836 mil animais que serão somados aos cerca de 4 milhões confinados anualmente e o principal período para o confinamento acontece agora, no meio do ano, devido ao clima seco em boa parte do Brasil e a consequente escassez de nutrientes na pastagem. Porém, cuidados sanitários são essenciais para a boa produtividade em sistema intensivo, que tem como principal característica a reunião de um grande número de animais em espaço físico limitado.

“O confinamento passa por um momento importante, de retomada do crescimento, e trata-se de um modo de produção interessante, pois gera elevado ganho de peso em um curto espaço de tempo. Mas não se pode descuidar do manejo sanitário. Nesse sistema produtivo, os animais ficam confinados e isso pode favorecer o aparecimento e proliferação de enfermidades”, alerta o médico veterinário Roulber Silva, coordenador técnico da Merial Saúde Animal.

O especialista aponta as clostridioses como uma das mais importantes ameaças ao gado confinado, podendo levar os animais à morte. De acordo com Roulber Silva, a solução para proteger o gado das enfermidades causadas pelos clostrídeos passa pela adoção de um eficiente programa de vacinação.

Segundo o médico veterinário, todos os bovinos destinados ao confinamento devem ser vacinados contra as clostridioses e o botulismo antes de entrarem no confinamento. É importante ressaltar que animais que não receberam suas primeiras vacinações ou que não se tem a garantia disso (maioria dos casos em confinamentos), devem ser vacinados com ao menos duas doses das vacinas com intervalo de no mínimo 30 dias entre as doses. Além disso, devem ser utilizadas sempre antes do aparecimento da doença e não durante a ocorrência do surto no rebanho, pois as vacinas são utilizadas para prevenção da doença e o organismo precisa de certo tempo para poder produzir os anticorpos que o protegerão contra determinada doença. Durante esse ‘período negativo de imunidade’, o animal, embora vacinado, não está protegido das toxinas produzidas pelas bactérias.

“A utilização de vacinas de qualidade garante imunização eficiente, permitindo obter resposta imunitária adequada para a proteção dos animais”, complementa Roulber Silva.

No Brasil, as clostridioses mais comuns em confinamentos são o botulismo e as enterotoxemias. Além destas, o rebanho está sujeito a outros tipos de clostridioses, como carbúnculo sintomático (ou manqueira), gangrena gasosa, tétano, morte súbita por clostrídeos e hemoglobinúria bacilar.

Causadas por bactérias anaeróbias – ou seja, que se multiplicam na ausência do oxigênio -, as clostridioses resultam da liberação de toxinas produzidas pelos clostrídeos. Essas toxinas são responsáveis pelos sintomas e lesões observados nos animais doentes, podendo ser produzidas dentro do próprio animal afetado, como acontece nas enterotoxemias, ou externamente, como ocorre no botulismo.

“Estes agentes convivem com o rebanho naturalmente, estando presentes no solo, cadáveres, pastagens e no tubo digestivo dos animais, mesmo os sadios. Por exemplo, nas enterotoxemias, os clostrídeos são ingeridos com alimentos ou água e podem ser encontrados no rúmen e intestino dos bovinos sadios sem produzir qualquer alteração no animal, pois os outros microorganismos, presentes normalmente no tubo digestivo dos bovinos, evitam uma multiplicação excessiva dessas bactérias.

Outras ameaças – Segundo o especialista, outras ameaças não podem ser ignoradas pelo produtor, como, por exemplo, a raiva bovina, verminoses e a mosca-dos-chifres. Com alto índice de mortalidade, a raiva bovina ‘assombra’ os confinadores nas regiões onde ocorre a doença.

As verminoses e mosca-dos-chifres também são fatores de atenção, devido à ação prejudicial à produtividade do animal. Roulber conta que a verminose subclínica é uma das parasitoses mais importantes e é uma ameaça praticamente invisível ao produtor, pois o animal não apresenta sintomas, mas a produtividade é afetada. Já as mosca-dos-chifres, além de sugarem o sangue do bovino, ainda incomodam o animal, causando perda de rendimento. Portanto é de suma importância realizar a aplicação de endectocidas (produtos que controlam os parasitas internos e externos dos bovinos) no gado antes da entrada no confinamento. “Além disso, é importante lembrar que pela Instrução Normativa nº 48, publicada em 28 de dezembro de 2011, bovinos em fase de terminação não devem ser tratados com avermectinas que tenham período de carência maior que 28 dias para o abate”, reforça.

Soluções Merial - Para os confinadores, a Merial Saúde Animal oferece pacote completo de soluções sanitárias. As vacinas contra as clostridioses incluem as vacinas polivalentes da linha Sintoxan®. Polivalente, a linha é indicada para doenças como manqueira, enterotoxemias, morte súbita por clostrídeos e gangrena gasosa; a Sintoxan® Polivalente T, além das doenças anteriores, também imuniza os bovinos contra tétano; a Sintoxan® 9TH, além de todas as clostridioses controladas pela Sintoxan® Polivalente, protege também contra tétano e hemoglobinúria bacilar. Além disso, oferece uma vacina específica para prevenção contra o botulismo, a Linovac®.

Para a prevenção da raiva, a solução indicada é a vacina Alurabiffa®. Já para mosca-dos-chifres e verminoses, recomenda-se a aplicação de Eprinex® Pour-On, antiparasitário com a revolucionária molécula Eprinomectina, o único endectocida pour-on com período de carência zero para abate.

Sobre a Merial
Merial é uma empresa líder mundial em saúde animal voltada para a inovação, fornecendo uma gama completa de produtos para melhorar a saúde, o bem-estar e o desempenho de várias espécies de animais. Merial emprega aproximadamente 6.200 pessoas e opera em mais de 150 países ao redor do mundo. Seu faturamento em 2013 foi próximo aos R$ 6,5 bilhões. Merial é uma empresa Sanofi. Para mais informações, consulte www.merial.com.br.

Fonte: Beef World


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