Sêmen de touro passa a ser rastreado por código de barra
Os touros de todas as unidades da ABS Global do mundo ganharam chips. E os coletores de sêmen receberam um novo equipamento para o trabalho no campo: uma espécie de pistola, que funciona como leitor digital. (foto) Assim que termina a coleta, o funcionário direciona o aparelho para o dispositivo microeletrônico (brinco) do boi e leva a informação digital para o laboratório, junto com o material genético. “Depois, quando apontamos o equipamento para o computador, ele envia os dados do animal e, automaticamente, é impressa uma etiqueta com o código de barra daquele animal, que é colada no tubo do sêmen”, conta Fernando Vilela Viera, gerente de produção da central de Uberaba (MG). Antes, a marcação do nome do doador nos frascos era feita manualmente, à caneta, pelo colaborador. Com a informatização, a segurança da identidade das amostras e da integridade das informações chega a 100%. Isso porque, a partir de agora, é esse código – único de cada animal – composto de 15 dígitos, que guia o trabalho nas centrais. Todas as etapas, desde a pesagem do material até a colocação de antibiótico, precisam ser validadas digitalmente. “Cada processo no laboratório ganhou um leitor de código de barra. É só apertar uma tecla e o sistema insere a informação, sem necessidade de qualquer digitação, qualquer inserção manual de dados, o que acaba com uma grande preocupação nossa e do mercado de que poderia haver algum erro, já que são muitos números, além disso, muitos touros possuem nomes muito parecidos. Hoje, não há dúvidas. É totalmente seguro”, explica Vilela. Para isso, a ABS Global trocou todos os equipamentos periféricos, como as balanças, que agora enviam diretamente o peso do sêmen para o banco de dados, permitindo também ganho de agilidade e eficiência do procedimento. As informações de cada coleta, como a quantidade e a concentração de sêmen, são armazenadas instantaneamente no histórico digital do touro. E, pelo novo sistema, os registros de todas as centrais dos oito países onde a ABS Global atua (Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Rússia, China, Índia, Brasil, Itália e Austrália) foram unificados no banco de dados. Com isso, é possível ainda monitorar – em tempo real – a produção, o estoque e os pedidos recebidos pelos clientes de qualquer parte do mundo. Segundo Vieira, assim que um pedido é recebido, ele é cadastrado por país e por categoria (se é destinado para comercialização nacional, exportação ou interesse do proprietário). Assim, é possível direcionar as demandas. “Se um touro está produzindo mil doses e 500 vão para Colômbia, o software já encaminha a produção desse material para que atenda as exigências sanitárias do comprador externo”, exemplifica o gerente. O novo sistema adotado pela empresa é conhecido como GPS – Global Production System (Sistema Global de Produção). Ele foi desenvolvido durante cinco anos pela equipe da ABS nos Estados Unidos em parceria com uma empresa inglesa contratada, a Nash Tech. No projeto do software e na aquisição de novos equipamentos, foram investidos US$500 mil. “É um investimento em tecnologia para o cliente ABS, que demonstra o comprometimento da empresa em oferecer um produto de qualidade.”, ressalta Leo Brito, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do software. Fonte: BeefWorld
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